13 setembro 2017

Cativações no Dragão também empobrecem sem serem assumidas

Duas novidades mas sem novidades. Porém, um desastre histórico e por mais de uma razão. O resultado é conhecido e era previsível. Vai custar a digerir, mais uma vez, mas este fracasso é o reflexo do declínio inevitável do FC Porto.
Escusam de discutir tácticas e estratégias, porque nem se lembram do que comeram ontem e olham para o prato vazio à sua frente. Não se preocupem: gente supostamente especialista não soube que o FC Porto perdeu pela 1a vez em casa o 1° jogo na CL. E creio que nunca sofreu 3 golos, nem do Real Madrid (cprrigido: 1-3 em 2003, a caminho de Gelsenkirchen, may no for em estreia, apps 1-1 em Belgrado), do Liverpool, do M. United, do Barcelona, tinha de ser o Besiktas com quem o FC Porto nunca perdera!
Sérgio Conceição já entrou na história pela negativa. E assumiu a falha estratégica muito bem, pela abordagem táctica errada ao jogo. Más opções e leituras que já condenaram Lopetegui ainda há dois anos com o D. Kiev.
A SAD nunca assumirá a sua culpa. Isto não tem a ver? Tem!
Há um ano prenunciava-se o desastre, sobrou o surpreendente 3-0 em Roma sem evitar 1-1 na abertura da Champions com o modesto Copenhaga.
Ninguém se lembra, como talvez tenha agora passado ao lado. Mas há um ano não houve patrocinador nas camisolas, salvo erro, na Europa. O administrador Fernando Gomes desvalorizou, em nome de negócio futuro maior. Agora, em vez da Meo que por um tempo não existiu, surgiu a Altice e o novo símbolo, derivado do negócio do século.
E se foi tragicomédia a igualdade com os dinamarqueses, a falta de qualidade vista está noite deve pregar a última tacha no caixão, fixando o FC Porto no último lugar do grupo.
Com novo patrocinador assente num supercontrato milionário, o FC Porto entrou na Champions sem reforços! Nem vale a pena lembrar que Soares e Marega há um ano estavam em Guimarães, onde também estiveram Otávio e Hernâni lançados hoje na 2a parte, até Ricardo andou pelo Berço...
É assim que se enfrenta a Champions, sem reforços e com patrocínio badalado que deu nisto: 1-3 com Besiktas, que compra forte e ganha sem escândalo no Dragão...
Não, isto não foi falta de eficácia. Foi falta de qualidade, falta de opções e falta de génio que, nestas circunstâncias, fica limitado, se não mesmo improvável!
O treinador assumiu as suas falhas. Mas tem razão em aludir a falta de opções. Já tem é de perceber que Oliver é só meio jogador e como 10, na camisola e no campo, pode confiar tanto nele como Corona a extremo, tendo de substituir os dois ao intervalo... Já no domingo o mexicano foi inútil, já hoje Danilo foi lento e também acabou, como os outros, substituído.
Quando, em dois jogos consecutivos tens de meter um tosco como flanqueador, tecnicamente, como Marega, sem poder exigir mais dele todo esforço e alma e pouco mais, está tudo dito. Se Sérgio começou com um 11 fraco no meio mas sem explodir nos flancos onde o Besiktas é muito fraco, o treinador corrigiu ao intervalo, com André André e Otávio no meio, mas corrigiu a correcçao voltando ao início com Hernâni na direita, quando mais valia manter a opção é fazer troca directa com Corona...
O FC Porto esteve melhor na 2a parte mas ter Soares e Marega na frente numa Champions... Nem no Guimarães chega para a Liga Europa... Sem beliscar o esforço dos jogadores, mas tido espremido, um Soares falhando na cara de Fabri, é ao que se resume o melhor futebol portista após o descanso.
Apesar de andar a "navegar" na táctica durante o jogo, o treinador só se viu limitado pelas opções. Tem essa atenuante, mas os dados para a história ficam, indeléveis: o FC voltou a ter patrocínio para mostrar à Europa, mas os alegados milhões não cobriram as activações, jargão económico da moda, que uma gestão há anos desastrada conduziram. E nunca significaram crescimento, ao ponto de o recorde de 22 presenças na CL não dar para reforçar a equipa. E tantos anos fazerem esquecer a histórica 1a derrota em casa no 1° jogo na prova. O desastre que se anunciava só tem previsão igual na colocação, muito provável, em último lugar num grupo que não se pode considerar difícil.
É só fazer as contas, como dizia o outro.

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