18 fevereiro 2015

Um exclusivo sem denúncia na capa

Vi agora, por acaso, em O Jogo Pinto da Costa acusar o árbitro portuense Vasco Santos, 4º árbitro do jogo com o V. Guimarães da última jornada, de ser o responsável por Cafú não ter visto o vermelho pela entrada "de sola" sobre Casemiro, o que todo o banco portista contestou. A acusação é forte e é grave. Obviamente, como a capa não traz uma alusão mínima que fosse não tem interesse reproduzi-la.
 
Sobre o árbitro em causa, há anos que assinalo a sua mediocridade, creio que comecei a vê-lo num Porto-Leixões do tempo do Jesualdo. Nunca mais lhe vi nada de jeito, pelo contrário sempre o achei uma desgraça. Entretanto, no rol, alinhei todos os árbitros da AF Porto como os piores em geral, enquanto colectivo e comparativamente com outas associações de árbitros.
 
O que é forte é o dedo acusatório que não sei que implicações terá, se o FC Porto fez queixa a quem de direito, se o presidente poderá ser castigado. Mas é este tipo de denúncias que tem faltado no Dragão.
 
O que é grave não é a acção do árbitro, mesmo fora das quatro linhas e mesmo que lhe compita ajudar o chefe de equipa de alguma maneira: amiúde " desajudam". Nem é a reiterada posição dos árbitros da AF Porto em contemporizarem com o Benfica - de que Vasco Santos é precisamente um bom exemplo, ainda que repugnante - e por norma tomarem o FC Porto como vítima preferencial.
 
Não percebo como o Jogo tem um exclusivo, anunciado de forma visível na capa, e dedica-o quase em exclusivo à banalidade histórica do evento circunstancial em Basileia, onde em 1984 o FC Porto disputou a sua primeira final europeia.
 
A acusação do presidente deveria ter uma chamada na capa. E das grandes, mesmo que não merecesse o título principal. Que jogo faz O Jogo nunca se percebeu. Nem O Jogo propriamente.
 
Gostava de dossiers de arbitragem deslindados pela intelligentsia das Antas que muito deve saber dos meandros da arbitragem, em particular o "ao deus dará" na AF Porto.
 
Por mim é só a chamada "oficial" para o que eu, de longe, pressentia. Mas é forte e é grave, porque dito assim tem o peso institucional que merece - e o jornal desbaratou, incompreensivelmente.
 
Um rival lisboeta teria feito delícias. Depois queixem-se...

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