21 novembro 2014

Blatter com clubes não será como o Ceausescu com Isabel II?

Ao longo de muitos anos, e salvo raríssimas excepções meramente protocolares e derivadas de homenagens a clubes como o Real Madrid ou o Manchester United, por exemplo, devido a alguma data ou protagonismo históricos dos meses, sempre percebi que a FIFA não lidava com clubes nem sequer para os castigar, a não ser através das entidades com que institucionalmente lhe compete colaborar, as federações.
 
São as federações, unidades familiares do macrocosmos que é a FIFA, que falam com os diversos departamentos da FIFA ou, no limite, até com o seu presidente, Blatter, directamente. Idem com a UEFA.
 
 
Não queria voltar a falar de alguém que, por muito protagonista que queira ser, não merece um palmo de terra que pise nem um segundo de atenção que suscite as suas patacoadas infindas. E não vou fazê-lo.
 
A questão aqui é dar-se cobertura noticiosa a um evento que não se sabe se aconteceu e que os organismos citados não confirmam.
 
O pasquim em causa pode remeter para o comunicado do clube, sem o linkar no online. Mas a sua verificação, do tal encontro, não existe, apenas plasma o que um clube alegadamente veicula. Sabemos como isto se chama e os bois têm nome bem identificado.
 
Isto faz-me lembrar aquelas notícias, reais lá na terrinha mas desmentidas na Europa verdadeira, como a de Ceausescu ter sido recebido pela Rainha de Inglaterra, Isabel II, algures quando o caos se abatia sobre a Roménia e a Revolução não tardaria a derrubar o regime. Fará na véspera de Natal, daqui a pouco mais de um mês, 25 anos da queda do ditador romeno, depois fuzilado e cujas imagens o final de 1989 não esconderam, isso sim, da opinião pública.
 
Para quem já chamou regime norte-coreano ao sistema presidencialista de Alvalade, esta versão mais amena, romena, igualmente mentirosa e achincalhante, dessa prática também não deixa de fazer-nos sorrir.
 
E quanto a quem controla a Informação,impõe a censura até no Parlamento e impede a liberdade de expressão, também vamos tendo por cá os tiranetes que se aprestam para ousarem voltar ao poder discricionário e atentatório que nos levou ao fundo.
 
 
Parabéns aos primos.

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