12 agosto 2014

Ai as sensibilidades e as manchetes... os Vítores, a formação, os fundos e os Ma(n)galas

Leio que Vítor está para rescindir com o Sporting. O rumor já tem meses mas parece confirmar-se que mais um jovem está destinado a sair de Portugal, dizem que pode ir para o estrangeiro. Será porventura um dos da dita "melhor formação de sempre", quando se alude aos licenciados que, amiúde, são como professores in the making, cometendo erros de ortografia, de pontuação e até sintaxe. Bom, disto apanhei eu num alegado teste de "Português" num concurso público que o Estado anulou e assobia para o ar quando peço que me reembolse por despesas incorridas quando concorri a uma prova estúpida pela qual o Estado não assume responsabilidades.
 
O Vítor de que se fala, embora pouco e baixinho, é aquele que, à maneira do protetorado lisbonense para os seus emblemas de proximidade, o Rascord dizia há um ano, quando arribou desde Paços de Ferreira, ser um patrão (mais um) in the making, precisamente no seguimento de demonstrações que o jovem médio teria feito... num treino à porta fechada.
 
As sensibilidades tugas inflamam-se por pouco e por nada. Do Vítor nada mais se dirá, nem sobre o fracasso nem sobre a previsão de um "jornal generalista especializado em desporto" como passaram a rotular o pasquim que já foi o maior de Portugal, chutando a bola para canto. E Vítor, como muitos licenciados que deviam abençoar a oportunidade e deixar de lacrimejar com as saudades antes de partirem, vai para o estrangeiro porque, entretanto, mesmo incógnito, passou pelo Sporting. Citaria dezenas de exemplos iguais de quem nada mostrou mas "vai para o estrangeiro". Há aí um Vítor Gomes que andou pelos principais campeonatos europeus mas tem só o nível de Rio Ave de onde se lançou, ou lançaram bem, para uma Europa fora das suas capacidades. Ou o lateral-direito ex-Rio Ave que nem deu no FC Porto nem no Sporting e está no Lyon sem jogar nem mais nem menos do que jogava cá. Enfim, os Vítores de que se fala são os Manéis que o Jesus poria a jogar, claro, mas há Manéis e Manéis, como há formação e formação. Vai das sensibilidades dos treinadores, dos críticos, dos especialistas, dos criadores de mitos e fazedores de imagem.
 
Discutem-se as incidências financeiras do Bes, e do Besfica já agora, como as verbas das transferências. Mangala "vale" 30M por metade do passe ou "custa" isso na mesma proporção?
 
Com tantas tangas e entendidos de fio-dental que parece revelar muito mas continua a esconder o essencial, percebi que o tema Mangala entroncava nos Fundos e, daí, nos fundos sem fundos em que alguns se encontraram no fundo da história, veja-se o Stars Fund que será abruptamente descontinuado pela derrocada do Espírito Santo. Ou o Fundo do Vieirista ou o fundo do túnel em que se vê o Besfica seguir o caminho do abismo, graças ao mesmo pastor do rebanho, do Alverca ou Obriverca ou lá como se chamava.
 
Os fundos são um cancro que em Inglaterra não se aceita. Até aqui, ai que não podem acabar com os fundos que tanto fundo (financeiro) dão a clubes com falta de ar. Agora que foi preciso aclarar o fundo de que se revestia a partilha do Mangala, percebe-se a razão de ser de a Inglaterra não admitir fundos e coisas encobertas. Não há Lim da Indonésia que ponha lá o pé, nem Jorge Mendes que se atravesse. Para lá da Mancha, já lhes chega as nódoas very british, nada de importações em quem ostenta orgulhosamente a libre esterlina. Nunca percebi que, mesmo dando jeito a clubes aflitos ainda que campeões, se defendesse os fundos. Fundos são as traseiras de qualquer coisa e há que fazer luz sobre o assunto. Em Inglaterra o papel comercial nunca foi assinado por uma ministra das Finanças em prol de clubes nem se aceitam Op(a)s fictícias por putativos chineses. Só na informação condicionada, sub-reptícia e de directores de sub-informação é possível todas as manigâncias informativas adequadas e justas ao fato do fado tuga.
 
Aos que se preocupavam com o que o FC Porto gastava em jogadores emprestados (alguns), agora deve dar para discutir como se vende bem como sempre apesar do 3º lugar que devia envergonhar a SAD portista? São as sensibilidades, as manchetes, as manhas, os Vítores, os do Espírito Santo, os fundos e a falta de clareza. Todos a querem mas poucos lutam por ela.

Anda muita gente preocupada com o Tetra do Besfica. Porquê? É verdadeiro, ninguém ganhou o que o Besfica ganhou em 2014. A sério. Ninguém! E depois? Foi com o Rio Ave 3 vezes? E depois? Agora, quem assim vitoria os Vítores são os que dizem que o Porto foi campeão europeu com o Mónaco (kkkkkk!) e intercontinental com um onze das caldas (fffffff!). Pois, mas foi um Tetra que ninguém em Portugal consegui ou quiçá conseguirá. E no mundo há muito poucos assim.

Descansem a pássara, conselho a repartir pelas meninas da voz-off dos anúncios das cuecas do Ronaldo e dos abdominais do Ronaldo e dos bólides do Ronaldo. Afinal, o Verão está chocho, não dá para esquentar e o futebol mal começou. Vejo hoje a Supertaça que conta na Europa e 6ª feira o arranque do campeonato com o FC Porto das "compras sem vendas" ou "das vendas por valores que não se acreditam", do poço de petróleo ou do dinheiro em caixa sem vender ao desbarato.

Por falar nisso, por quanto é que o Rojo sairá?

1 comentário:

  1. Ele foi o Dier, o Rojo, o Slimani, o Shikabala. Começam a ser muitos casos.
    Eu diria que é a deserção em marcha na "2ª a circular"...

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