24 julho 2014

Ponto da situação do situacionismo pontual

 
Podia fazer um post sobre o mercado, de jogadores e das notícias. Não vale a pena: ainda falta mais de um mês para o fecho das transferências e tanto as há extremadas por baixo, vejam-se as jóias da Luz, como extrapoladas, como a de James por quem o cepórtem jura haver cabala já que o Mónaco devia ter vendido o Moutinho ao Real Madrid. De resto, há tantas notícias de mercado garantidas mas poucas oficializadas, numa era de voraz informação e supersónica velocidade de propagação que o segredo dos gabinetes dos clubes já cai no ridículo pré-histórico quando as anunciam - e lá se foi o puxar dos cordelinhos e as risotas para com os jornalistas atarantados com fontes, movimentações e confirmações. Depois, claro, com os clubes na Idade da Pedra comunicacional, culpam os jornalistas... e há os adeptos/leitores acham bem e acham-se bem informados se não forem divulgadas as nuances das transferências.
 
Post sobre o mercado? Está no último parágrafo do post abaixo: Porto e Benfica de novo em contraciclo e o Porto pode levar vantagem. Não ia falar dos empréstimos, bah, se não é cozido é assado, assim e tal, torna-se irrelevante quando o PSG já aceita di Maria por empréstimo porque não lhe convém gastar mais com dinheiro à vista por culpa do fair-play financeiro imposto pela UEFA. Esta é a cereja no topo do bolo.
 
Não ia falar da influência de Lopetegui porque já a antevia no dia da sua contratação, melhor, quando foi publicado que seria contratado (e apresentado no dia seguinte, lá foi a Marca e um jornalista amigo do treinador espanhol a furar o segredo portista ciosamente guardado...). Não vejo treinos, nem jogos, nem jogadores, nem sequer notícias. Apanho umas coisas por aí e vai-se confirmando o que eu temia mas desejava: a) mudança de paradigma no FC Porto, que é mesmo um fim de ciclo de idioticie marcante das últimas épocas e contundente na malfadada 2013-2014; b) um treinador a impor-se e prometendo mudar o ramerrão do futebol portista; c) são a) e b) conjugadas confirmam o que escrevi sobre Vítor Pereira e a insolente mediocridade da gestão recente do futebol portista, de resto sublinhadas pelas dispensas anunciadas pelos jornais que causam engulhos ao clube porque é um reconhecer da sua aposta falhada e não assumida a responsabilidade que deu no que deu e muitos não querem enfrentar as consequências.
 
E sim, palpita-me que temos, felizmente, um novo Adriaanse por aí. Seja bienvenido, me gusta.
 
Portanto, o Salgado que se locupletou durante o sócretinismo 2006-2011 está para ir dentro quando dantes ninguém ia dentro e ele até tinha três oportunidades de corrigir o IRS; o Benfica e o Sporting atrelados à desdita, de resto conluiados javardamente com o Figueiredo novo tasqueiro da Liga que queria fundar na associação de clubes um PROJECTO DE PODER digno do afamado sócretino que ainda por aí anda à solta; um ai Jesus na equipa de todos os títulos que, como também escrevi repetidamente durante a época finda, ia sair estratosfericamente caro.
 
E é isto. Até inícios de Setembro também a boca irá morrer pelo peixe, tantas as peixeiradas avulso plantadas à beira-mar com indignidades de arrepiar. No fim fica tudo na mesma, até o Bento continua na selecção dele e de alguns marmanjões. O futebol que se lixe, a trampa, como diria o outro, é tanto que não há autoclismo. Sobram os grunhos do carvalho e os que dão pão e circo, agora mais barato, ao povo da bola.

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