06 junho 2014

Dia D

Há 70 anos, não graças aos políticos a que agora os europeus mostraram um intenso cartão amarelo, mas com a honra devida aos que devemos homenagear pelas vidas que deram para a Europa ser o que é hoje, a Libertação começou em força. Ficou como o Dia D mas chamava-se Operação Overlord. A mim fez-me sempre mais confusão pelo desembarque ser na Normandia, quando eu pensava que aquela região era e é a Bretanha (mas esta fica mais abaixo um bocadinho); quiçá escondeu-se o nome para os alemães não desconfiarem que a invasão viria do outro lado da Mancha...

Por acaso, no final do mês andarei por aquelas bandas entre os países baixos. Ainda pensei desembarcar deliberadamente naquelas praias da Normandia, dizem "Baixa Normandia"... Mas fica-me fora de pé largas centenas de quilómetros  a gasolina não é mais barata naquela bandas e em França pagam-se portagens, são sempre chatices. Bem ou mal, mas mais bem do que mal, não estaríamos aqui se o 6 de Junho de 1944, mesmo à custa de milhares de vidas (quase 10 mil só num cemitério americano), não fosse bem sucedido.

Muitas das lições da História são escritas por gente de que mal se sabe o nome e não é de políticos que precisamos, mas de (bons) governantes. Se a Europa está em sentido é pelos primeiros, à falta dos segundos, e os cidadãos devem fazer sempre questão de o deixarem bem explícito. As recentes "europeias", em Portugal, só nos mostraram como a demagogia e o populismo, com uns Tózeros à esquerda, nos atiram sempre para baixo.
 
Por tudo isto, nunca compreenderei, embora perceba pelos tiques ideológicos de propaganda servida em forma de Imprensa e directores de sub-informação, porque é que a Extrema Direita é um factor de receio e a Extrema Esquerda não. É certo que este último caso deu-se na Grécia e, felizmente, ainda hoje em Portugal se põe a Extrema Esquerda no canto da sala e continuamos a poder dizer, com alívio, que não somos comparáveis à Grécia. Mas, como na teoria das janelas partidas (não a do vidro partido de Bastiat sobre a "moral" económica), quando se deixa descambar uma coisa para a paródia e a insignificância a destruição é irreversível. Até do bom senso, além das lições da História.

Como se sabe, visto por outro prisma, se não fossem os soviéticos também não teria sido possível derrotar Hitler. E pensar que a Alemanha invadiu a Polónia a 1 de Setembro de 1939, esquecendo-se que a URSS invadiu a Polónia nesse mesmo mês, vinda do outro lado... Até o massacre de Katyn, já agora, foi por décadas atribuído aos alemães e, afinal, os marotos eram outros. A História pode ser reescrita, mas nunca se apagará, ao contrário das fotos em que desaparecem pessoas antes de se inventar o Photoshop...

1 comentário:

  1. @ Zé

    reconsidera a tua posição. se tiveres mesmo possibilidade, vai lá (à «Baixa Normandia»). verás, pelos olhos do teu coração, que valerá a pena - e para quem considera, como eu, que a II Grande Guerra foi um marco ímpar na história mundial (e para não mais se repetir).

    ps:
    e pensar que foi a estória de Hitler estar a dormir aquando do dia da invasão, não tendo sido acordado para que o seu "santo" soninho não fosse perturbado, que nos fez estar aqui...

    abr@ço
    Miguel | Tomo II

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