19 abril 2014

Coisas de que não se dão conta (VIII)

Não fazia ideia disto, por não acompanhar a formação. Também André Gomes, pelo que vi e em especial no último Mundial sub-20 na Turquia, nunca me entusiasmou. Mas esta é uma acha para a fogueira infernal que foi o inútil projecto Visão 611, cuja cara principal se conhece e onde Luís Castro foi director in chief.

Não chego aqui pelos pasquins da capital, o link explicita o blog BiTri e já escrevi isto na 5ª feira, como toda a sequência de coisas de que não se dão conta (até amanhã!). Portanto, não é ideia minha aproveitar um facto aleatório e casual para querer atacar alguém. Isto foi a actualização necessária face ao que foi publicado ontem na Imprensa. O resto já estava escrito e mantenho: apontar o dedo é a um projecto inútil e a quem o concebeu sem prestar contas pelo vazio obtido. Por acaso, meramente por acaso, Luís Castro já lá estava metido no Visão 611 e a sua postura no plantel profissional principal não ponho em causa nem o seu contributo para um certo reencontro da equipa com o seu futebol: não lhe pedia mais, queria apenas que frente ao Benfica, depois da incúria dos dirigentes que são os únicos responsáveis desta tragédia, o FC Porto desse luta, só falhou na Luz agora e o treinador não esteve também à altura mas não vejo o fim do mundo nisso, antes numa SAD que não responde por nada e pela qual se diz, agora (ontem na capa de O Jogo) aquilo que é uma base do futebol a de escolher o treinador porque depois, se ele for bom, o resto da estrutura não serve para mais nada pois nem falar sabe nem consegue - a estrutura é uma vergonha! Escolheu um treinador de merda e não assumiu a sua própria escolha de merda, o presidente até disse que renovava com ele em 3º lugar, se fosse necessário, na patética entrevista de Janeiro. Portanto, estamos conversados e sobre aproveitamentos de jogadores basta ver que o Hulk andou perto do Olival (Vilanovense) e teve de ir à 2ª divisão do Japão para voltar...

O fracasso absoluto do Visão 611, sem qualquer aproveitamento; origem da actual crise não é, mas solução foi-a muito menos. Desperdiçou-se dinheiro e... talento se havia algum. Até a equipa B já não assegura a liderança na segunda divisão. Os talentos que aparecem (Anderson, James e outros) vêm do nada; o plano ordenado em casa dá casos como Atsu que depois é tratado ao pontapé, tal como outros africanos - mas tivemos de ir buscar o Bah para meter nojo...

Percebe-se que o FC Porto tem talento às cagadas carradas. A SAD foi de vitória em vitória até à derrota final. E não vejo bem como irá reerguer-se. De resto, todas as críticas fi-las há muito tempo e normalmente sem precisar de seguir ondas ou agendas de alguém, antecipei muitos problemas, pus o dedo nas feridas perante a indiferença geral e são muitos agora que pegam nesses tópicos.

Como sempre disse, de resto, Vítor Pereira ajudou a salvar a face de muita gente e a encobrir a miséria que se pressentia no Dragão. Começara pelo vazio do 611, tudo com origem ainda no tempo de Adriaanse e depois com Jesualdo que lamentavelmente não foi aproveitado. Não foram os treinadores nem muitos jogadores: o Iturbe é um mistério insondável mas o Atsu já ajudou a perceber muitas coisas. Só os dirigentes não mudam. O FC Porto não sai do sítio, para muita pena e renitência em ver o óbvio da generalidade da bluegosfera.

O sábio é o que molda o seu saber às evidências. Fartei-me de enumerar os erros crassos cometidos esta época e que alguns vinham de trás. Habituem-se.

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