10 fevereiro 2014

Os Miró(ne)s da Stephanie

Não me admiraria nada que, depois dos tempos a apreciar os estragos do mar na costa, estes sejam tempos de apreciar os estragos do ar na bosta. As tv's da parvalheira farão directos da Caparica e do Mafarrico. Os socialistas voltarão a garantir que todos os tugas terão um telhado para se abrigarem, tribunais para terem justiça quanto aos atrasos seja lá de quem for e, claro, um ordenamento da costa para nenhum fenómeno atmosférico perturbar a plácida vida da capital. Penso eu de que irá abrir agora mesmo os telejornais da patetice e do parlapatismo tarantantan... E, entretanto, a coisa amainou e amanhã, parece, há jogo. Salvou-se alguma coisa, como queiram chamar, mas nenhuma tragédia estava iminente como a que sucedeu: falta de informação, decisão tardia e ao arrepio das recomendações da Protecção Civil para todo o País e em particular Lisboa, adeptos retidos sujeios a levar com o lixo em cima e o jornalismo de sarjeta calado, a vomitar banalidades sobre si próprio, amestrado pela voz do dono.
 
Dizem que isto é um Miró, não sei se uma alusão a algum galinheiro...
Soube, só hoje, que, acentuando a americanização da malta, eles que dão nomes aos furacões, as tempestades que têm passado por aqui também não passam despercebidas nem deixam de ter nome próprio. Consta que foi a Stephanie. Só depois percebi, era a Stephanie.. Vá lá que escapei aos entendidos das coisas laterais da bola, aqueles que sabem dos Mirós, dos foguetes, dos submarinos, das touradas, da Saúde e da Justiça. Isto está pela hora da morte e cumpri as recomendações da segurança: nem liguei a televisão.

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