20 dezembro 2013

Vai indo...

... apesar de, porventura, o treinador continuar a dizer que o sistema é o mesmo, sendo que os jogadores ocupam diferentes posições e há uma conectividade elevada que faz o jogo fluir como nunca até aqui, e apesar de insistir num dos seus "fétiches", como o "sistema" na sua pobre cabeça, que é Licá, um aproximado 4x3x3 e Fernando cada vez mais igual a si jogando sozinho a trinco só não fez mais porque, em jogo de sentido único com um adversário sem saber, nem poder, esticar o jogo, deixar Kelvin no banco e meter Licé de início com zero de produtividade por muito abnegado que seja, e é, revela que continua a ser o treinador a o elo mais fraco que durante cinco longos meses prendeu o FC Porto e só algum desespero face à inoperância do que imaginava fazer sem o saber permitiu à equipa soltar-se mais.
 
É confrangedor ver Licá, jogador de contra-ataque puro porque tem velocidade mas não sabe fintar um meco, literalmente, num jogo de ataque continuado para mais numa posição de extremo que não é a sua. O Porto chegou a 2-0 em lances de bola parada (cantos) e marcou mais dois de belo efeito, por Carlos Eduardo e Herrera podendo ter feito, facilmente, mais quatro ou cinco. Desde que Licá saiu, a equipa não mais teve um lado perdedor e um flanco manco de iniciativa, profundidade e contundência, até por ser Mangala, adaptado, o lateral-esquerdo.
 
Depois das inúmeras e inúteis experiências que só a sua pobre cabecinha produzia infantilmente, o treinador não só retirou Josué que complicava e muito menos era o 10 que imaginava (descontando a ideia peregrina de Lucho atrás do ponta-de-lança) mas a quem não punha a jogar ao meio nem tirava rendimento como ala que não é, como o fez desaparecer completamente, estando agora suplantado por Herrera que vai entrando mais ou menos com convicção.
 
Tal como em Vila do Conde, e aqui de novo se conclui que a equipa "vai indo", a presença de Kelvin deu outro ar e até respeito ao ataque, onde a "souplesse" se distinguiu da força bruta e remate em força também de Licá. Nem de propósito, os golos em jeito de artista a brindar ao melhor futebol da meia hora final expuseram as contradições do Produções Fictícias que não para de dar provas da sua pouca capacidade e argúcia técnica para o cargo.
 
Não dá para deslumbrar nem sequer sossegar. Perderam-se meses estupidamente e temo ter-se perdido algum jogador que está claramente abaixo das suas possibilidades, como Lucho que creio ter perdido a alegria de jogar e parece, como no jogo anterior, um peso morto - Licá ainda esperneia, Lucho está moribundo! - na equipa que não sente a falta dele. Continuo a ver maus sinais em vez de reabilitação (o Preocupações Fonseca não deixa) e rumo firme, muito menos certo. Como não embandeiro em arco com vitórias sem peso específico, eis uma metade do ano que não dá gosto e não afasta a sensação de desgosto.

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