08 dezembro 2013

Quadratura do círculo?

Depois de uma 1ª parte com mais mediocridade do mesmo vazio de ideias das últimas semanas, pode-se dizer que até os burros aprendem; mas a brilhante 2ª parte com que se justificou a vitória de 2-0, com jogo e golos "à moda antiga" como se tivéssemos saudades disto que a albarda do bestunto do treinador não faz noção do que era nem do que tem de ser, só nos leva a questionar, mais uma vez, se a teimosia do burro cedeu de vez ou temos apenas a quadratura do círculo até a besta assomar à entrada do túnel.

O FC Porto jogou muito melhor com o Nacional e não venceu por um (ou mais) bambúrrio mas esta vitória já serve para certas abencerragens julgarem que está tudo bem depois de mais do mesmo na 1ª parte. Passar da crença à descrença ou vice-versa não pode estar dependente do humor do treinador e muito menos ficar feliz por "recuperar pontos para um rival" que é sinal de, subitamente, termos ficado para trás. Ainda falta saber a consistência da massa, porque o padeiro dá-lhe amiúde a maluqueira. Fica para valer a 1ª parte ou a 2ª parte? E há princípios de jogo ou fica à vontade do freguês? Os patetas só aplaudem quando ganham e vociferam contra quem alerta mesmo ganhando, mas de facto cada qual tem o que merece.
 
 
 
Caiu Lucho ao intervalo, para entrar Carlos Eduardo com outra intensidade, mas caiu (actualizado: no sentido de sobrar e ter proveito) acima de tudo um sistema que a equipa domina de cor, e justificou o prometedor início de época, e para o qual todos os jogadores bons têm lugar. Continuo a ver apenas um mau da fita que resistiu até bater de novo na parede da sua inelutável incapacidade de ver o essencial que, como ele diz, não é ele mas a equipa, o clube e os adeptos.
 
Se inverter o triângulo do meio-campo, onde já queimou Fernando por não (corrigido) jogar sozinho no meio com os seus tentáculos de polvo; já queimara Defour que é de uma utilidade extrema no 4x3x3 pelo equilíbrio que dá nas transições defensivas de uma equipa virada para a frente (assim se acostumou), o homem que melhor encarna Moutinho em falta; já queimara até Lucho a pô-lo numa posição 10 que não vai com a sua condição de armador de jogo tão à frente e disponibilidade física de correr até ao ponta-de-lança; pois talvez se tenha feito a quadratura do círculo a sério.
 
Enfim, ainda temos de ver entrar Licá, um extremo que não é, por Josué, quando Kelvin é mais extremo puro que os dois juntos e só entrou a dois minutos do fim, já com o resultado feito mas com o resultado de o burro perceber o que é Kelvin para os adeptos, embora não para ele que não faz ideia onde caiu nem o que é sequer a história recente que se passou longe dos seus olhares distantes e mais distanciado ainda da sua tola cabecinha onde qualquer semelhança só se fosse na "poupa" ao alto da cabeça que se identifica com o Kelvin.
 
Pode cair-se no exagero de pensar-se que até os burros aprendem e que a inversão do triângulo do meio-campo é apenas uma questão de "opinião" ou de "oportunidade". Às vezes, pôr dois atrás é melhor para a circulação paciente ante equipa fechada. Mas só alguns idiotas que compraram desde o início a ideia de, com dois atrás, temos um jogo mais ofensivo, como se viu escrito abundantemente pelos peregrinos da bola decerto oval, podem usar e abusar do estilo e da maneira. Terá o burro aprendido e dado uma de génio? Ou assinou a confissão da sua estupidez natural e deu o passo em frente que, em vez de o aproximar do abismo, lhe abriu perspectivas de horizontes mais largos que a estreiteza da sua visão canhestra e "regional" do que é jogar para ser campeão?

A bem dizer, andar a discutir certas questões tácticas e princípios de jogo que muitos desconhecem é como meter polifosfatos no bacalhau - feito por quem desconhece e mal sabe o sabor...

Por falar em cheirar o bacalhau, depois do cheiro a esturro do empresário de Atsu, o ganês continua em grande, como extremo que é, no Vitesse: 6-2 ao PSV em Eindhoven depois de 1-0 ao Ajax em Amesterdão. Mas os burros são os outros...

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