07 setembro 2013

No fecho do mercado e dos play-off o que não se falou...

Em breve começarão as fases de grupos da Champions e da Liga Europa. Terminaram as fases do perco mas sigo em frente noutra prova, que ao Benfica renderam, com "transições ofensivas" em dois dos últimos três anos, pontos para, de repente, sentando o cu em duas cadeiras como nem Gutman admitia quando deixou o bicampeão europeu em 62, chegar a cabeça-de-série na prova onde frequentemente tem sido mais eliminado do que apurado dos grupos do Outono... E ao Chelsea, beneficiário de um sistema desigual e injusto, rendeu também mais pontos de bónus (26) do que o semifinalista Real Madrid (25).
 
Na miríade de jogos de qualificação, com centenas de nomes e várias "aliterações" respectivas - como ouvir o Joaquim Rita chamar "Dimitrov" ao Dnipropetrovsk que saiu ao P. Ferreira -, é uma pena que os pasquins não façam uma análise de jeito, perdeu-se o jeito e nem sempre se encontram nomes "amigos" ou "familiares".
 
Pode ser frequente citar-se o clube de fulano de tal e o ex-jogador ou ex-treinador de um dos nossos clubes. Curiosamente, o maior fracassado dos últimos dois anos, e em tempos ovacionado de pé pelos experts cá do burgo palonço de onde irradia para o País provinciano toda a luz e energia comunicativa, passou despercebido.

Em tempos, um cabotino director de pasquim desportivo que em 10 anos de gestão ruinosa mas celebrada na despedida passou de vencer 92 mil, à sua entrada, para exactamente metade (46 mil) à sua saída em Julho último, dedicou uns belos pares de parvoíces do alto da sua excelsa estupidez. Quando o Benfica ganhou 2-0 no Dragão, para o pascácio dos pasquins o Koeman era melhor do que o Adriaanse e o Benfica contratara melhor do que o FC Porto. É certo que o Porto, ao fim de muitos anos, voltou a perder os dois jogos do campeonato com o Benfica (1-0 na Luz), mas no fim a dobradinha ficou com o FC Porto e até se iniciou mais um Tetra.
 
Ora, de quem falamos agora mas a nossa (des)atenta e sempre veneranda, até para calar desgraças, "Imprensa da especialidade", encobriu ou não percebeu?
 
Ronald Koeman, há um ano, repôs o Feyenoord na Europa, com um 2º lugar atrás do Ajax. Pois perdeu o acesso da Champions com o Dínamo de Kiev na 3ª pré-eliminatória (mesmo com um bom 2-1 na Ucrânia, perdendo de novo em casa, 1-0) e no play-off da Liga Europa também não venceu o Sparta de Praga (2-2 e 0-2).
 
Pois agora, com 2-1 trazido da Rússia nos confins dos Urais, também perder 2-1 em casa com o Kuban Krasnodar,  esse para onde foi o Melgarejo e estreante na Europa. Não há dúvida, o treinador Koeman tornou-se um astro desde que defrontou o Lille, em Paris, sem avançados, deixando no banco um portanto como Mantorras, para precisar de apenas ganhar ao Man. United em casa, o que conseguiu com um bambúrrio como sempre foi a sua trajectória como treinador do Benfica... que nada ganhou.

Entretanto, para leitores e adeptos estúpidos como convém, mais uma tirada messiânica como se fosse novidade e fosse o Messias o autor. Não é, a ideia está apresentada há muito e não foi do original Jesus por cá celebrado. De resto, como explicado no 1º parágrafo, não há como "valorizar" mais a Liga Europa que não é mesmo o caixote do lixo que apregoam, mas um subsector de privilégios a contar de um determinado nível. Mais valia, sim, pegar na objecção que AVB levantou ainda no tempo do FC Porto e participando na Liga Europa: é imoral que se repesquem equipas da Champions, seja quem for. Lá tivemos as meias-finais da época passada com equipas que sobraram, numa fase ou noutra, da Champions. A isto, claro, mentes carbonizadas como a de Jesus nada diz...

É uma ideia peregrina, quando nem o próprio campeão mundial, de selecções ou de clubes, é já automaticamente apurado para a edição seguinte da própria prova que ganhou. Uma estupidez que diz bem de quem, já nem sendo original, a admite como possível.

Dantes, na Taça UEFA que tinha os potentados dos grandes países e amiúde era mais difícil do que a Taça dos Campeões onde só entravam mesmo os campeões nacionais, o vencedor da Taça UEFA nem direito a disputar a Supertaça tinha, reservado para o vencedor da Taça das Taças a prova sempre mais fraca. Agora, mesmo com menos dinheiro mas muitos benefícios desportivos até com reflexo no ranking, pelos bónus abastados acumulados, era promover mais a chico-espertice.

O Benfica ou o Sporting deixam de ter hipóteses no campeonato, apostam tudo na Liga Europa porque a Champions já não dá, podem acabar em 7º lugar outra vez mas se ganharem a Liga Europa já poderiam ir à Champions? Vai lá vai, até a barraca abana com a trepidação dos ignaros. Há gente que acardita em tudo. Até no D. Sebastião...

Quanto ao fecho do mercado, parece que a concordância geral é mais consensual e legítima.

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