05 setembro 2013

De fecho do mercado mas não das "matracas" falantes (2)

Enquanto o mercado ia fechar, com mais imponderáveis nas transacções, à luz de compêndios económicos polémicos, do que imprevistos nas transições, já estudadas, dos compêndios de táctica, não se evitavam as "matracas" entretanto reluzentes num novo programa da bola indígena do futebol falado.
 
Mesmo em cima do fecho, acabámos a saber que o Benfica contratara um lateral e, depois, que seria já para substituir o lateral que contratara antes. A senda, já lenda, continua e assim será se, chegados ao fim, não tiverem êxitos para glosar, optando por vituperar os alheios à sombra dos seus "quase-títulos" e glorigozos anos de (quase) "ganhar tudo". Lá voltaremos, como a discutir a "prevenção" dos incêndios há anos de cada vez que arde que queima, a ouvir a pergunta sobre quando há um lateral-direito a sério no Benfica e outro na esquerda... Siquiera venha este último a não valer.
 
Estamos nisto há anos com o Maxi sempre impune alegremente, como se tudo isto fosse "normal". Li, entretanto, do Jorge Maia que eles já vão no 15º lateral-esquerdo, tal a especificidade da função a par do inêxito da solução ano a ano procurada. E que, ainda em O Jogo, estão para aí 34ME a voar em compras para a bancada ou a emprestar, dos celebrados Lisandro Lopez (vá lá, não confundiram as fotos...) a sérvios aos magotes mas nem todos da mesma cepa. Um êxito a somar aos que contabilizam nas vendas e atribuem o crédito a Jesus, esquecendo os "queimados" pelo caminho de terra batida que é a esteira encarnada endeusada nos "mé(r)dia" nacionais. Por falar em "queimados", quantos já não fizeram o papel de Cortez agora riscado e revelado na Lista para a Champions? Ou o Funes Mori que até era pretendido por Jesus há mais tempo do que se falava em Siqueira? Por cada venda choruda celebrada, quantos não ficaram pelo caminho, como Deus Jesus fez e as contas que ninguém fez?

Como? Contrariar o rumo dos acontecimentos? Avaliar as coisas pelo devido valor, e não pelo preço, muito menos as proezas de "roubar" daqui ou "desviar" dali, como só sabem fazer os Nunos de cagadela de Pombo? Não, importa é dar graxa ao cágado, não questionar contratações ou mesmo, como sucedia no passado e foi até marca de Record, chegar a inviabilizá-las! Fosse para negar saídas para Inglaterra que a Inglaterra nunca permitiria (como Fernando); ou falar de problemas físicos ou técnicos dos jogadores que alguns presidentes, com  essas informações, depois recambiavam. Nã, os experts agora falam de uma sonante contratação por empréstimo, de resto pendente do interesse do Real Madrid (face à saída de Coentrão para Old Trafford), enquanto um contratado efectivo acaba de ser deixado à margem, não sem que, em devido tempo, tivesse os favores das parangonas.
 
Para seguir a cronologia, precisamente, ouvia no novo programa (TVI24, domingo à noite, meramente por acaso e para não mais repetir) e do inefável Palmarés, falarem do mercado do Real Madrid, por causa de Bale e se "Bale" os 100ME. O Palmarés celebrado desde os tempos de assessor de Vale Tudo, alvitra ser um contra-senso, falta-lhes alguém para aqui, para ali e para acolá. Mas como em quatro anos de Benfica Jesus não acertou com laterais, à parte Coentrão mas cedo vendido, e não tem pecado em todas as outras contratações falhadas, algumas a dobrar como Cortez-Siqyeira, parece que Mourinho "não teve culpa" do desfalque madridista em posições tidas, segundo o assessor nas horas muito vagamente dedicadas ao "profile" do melhor treinador do mundo", como fulcrais, nomeadamente o lateral-direito (Arbeloa foi transformado num instrumento de extermínio selectivo de adversários claramente identificados) e até, imagine-se, um "9", como se também não fosse Mourinho a: i) ir buscar Benzema, afinal é um tosco; ii) "esgotar" Higuaín que, de tão farto, queria sair de Madrid (e já está no Nápoles).
 
Ou seja, mais uma vez, é como se o PS não tivesse tido tempo e sido Governo; uma e outra vez; de resto, para o PS há sempre uma terceira vez, terceira via ou terceiro líder, porque o PS, como o Benfica - afinal O REGIME - tem os favores todos da veneranda e subserviente Comunicação Partidária ParaSocial (mas lá está a queixar-se outra vez...); ou os da RTP negarem-se a ver os números que nos custam um milhão de euros diários...; ou Mourinho não ter contratado quem quis, até um cozinheiro, além de conseguir despachar Valdano e impor fulano no Real Madrid; ou Jesus ser só credor nas vendas e não responsável também da área de custos, incluindo o dos seus inefáveis milagres da... subtracção, resguardada a excelente conta bancária.
De resto, também ontem, O Jogo trazia uma boa edição, abordando profusamente a questão do lateral-esquerdo do Benfica, quer no noticiário do clube - em que não se dispensou, tudo somado, a concluir que Jesus "não pode falhar" com mais do que um módico de análise como deve ser mas é raríssimo -, quer nos escritos pessoais de Jorge Maia e João Sanches. Há anos que não me demorava tanto a ler um jornal, com muitos pontos de interesse, incluindo o futebol do Cazaquistão, por Hugo Sousa nas centrais e precisamente o fecho do mercado num balanço do André Viana que é incomum em Portugal. E uma reveladora entrevista de Tiago Ilori sobre os procedimentos do Sporting, mais uns que escapam à atenção do paroquialismo capitolino da Imprensa local regional, não sujeitos ao estilo do Costa do Castelo de "dessincronizo-lhe a tromba completamente"...
Parabéns, pois, a O Jogo que me agarrou nessa edição de ontem como há muito não julgava ser possível no panorama me(r)diático tuga.

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