13 março 2013

Ciência no futebol é... ter a bola e o jogo todo à frente dela!

A passividade mudou de campo e o visitante voltou a pagar o preço. Um Milan a defender mal e um Messi de volta ao normal deixou a eliminatória empatada (2-0, bis do melhor jogador do mundo) ao intervalo do jogo. Foi mudar aos 2 e acabar aos 4, o Milan a voltar a sofrer como em 2004 na Corunha e a sofrer 4-0 no Camp Nou onde em 1989 também o vi ser campeão europeu com 4-0 ao Steaua! O Barça, devolvendo ainda o 4-0 de Atenas na final de 1994, voltou a tempo ao seu nível estratosférico: bola nos pés, circulação mas sete jogadores à frente dela e todo o jogo para fazer entrelinhas. De tal modo que o ataque costumeiro desta vez pareceu tão suicida que cada vez que o Milan se chegava à área catalã era golo iminente e Niang acertou num poste com 1-0. No minuto seguinte, 2-0 por Messi e o seu imparável canhoto, Villa vergou a eliminatória antes da hora de jogo e quase no final, depois de um golo terrível milanês ter estado de novo iminente com os rossoneri atirados, por sua vez, ao ataque, por duas vezes.

 
Não há dúvida que a melhor equipa de sempre do futebol mundial, como o cronista da Sky italiana e o Vialli comentador enfatizavam perante a vulgarização do Milan, teve a sorte do seu lado desta vez, tambem lutando por ela como o Milan fez na 1ª mão. O jogo de toque seguro e progressão com "rondos" junto à área contrária voltou a surtir efeito e só o 4-0, nos descontos, depois de a eliminatória estar apenas dependente de um golo, com sorte ou sem ela, para os italianos, surgiu em contra-ataque.
 
Não acreditava que o Barça voltasse a recuperar o pedigree, mas para defesas fechadas, ou talvez mesmo abertas,a contundência de Villa é melhor do que a plasticidade de Fàbregas.
 
A tal remontada que faltava a esta equipa lendária está feita e reaberta a disputa pelo título europeu com o Real Madrid. Esperemos que a remontada dos espanhóis fique por aqui e o Porto possa seguir em frente para pegar o Galatasaray, já agora que não é possível acertar contas com o Schalke...
 
Fica mais uma lição de bola da equipa tocada pelo dom divino de transformar o quase impossível em realidade. Quando se ouve profetas que de títulos só têm os de jornais e se vê o que é futebol a sério e não cm equipas B, a música é outra. Celestial de tal modo que a Sky italiana, ao intervalo, passava não o hino da Champions mas uma ária a acompanhar a pub da Gazprom, como a dar também luz e gás ao Barça.
 
Por mim, que vou pouco em periodismo parolos e seguidores de seitas diabólicas sem nada para mostrar a não ser basófia, não só não vi tudo em futebol, do tanto que já levo, como estou aqui para ver mais.
 
Até do Porto em Málaga. Mas, entretanto, isto