24 janeiro 2013

Alguém em Portugal escreveria isto?

A Marca, algum jornal, publicaria uma capa com uma notícia tão forte como a de hoje com os jogadores a porem Mourinho fora de Madrid? Logo num dia em que o Real passava o Valência na Taça do Rei? E o presidente Florentino acusar a Marca de desestabilizar o Real Madrid é de rir ou de chorar? E vai proibir a Marca de entrar no Bernabéu? Uma reflexão séria a propósito de algo que abalou, mais do que em Espanha, os editorialistas tugas e deixou o dia pendurado o assunto como tema incontornável sendo que os periodistas nuestros hermanos se cagan a Mourinho - se lo entienden em Portugal, esta quintinha de basbaques e corporações dignas do regime de antigamente.

¿Quién miente: Florentino o Marca?

Florentino Pérez tuvo que aparecer, en contra de su criterio habitual, de forma urgente en una rueda de prensa para desmentir la portada de MARCA: "Es mentira que los capitanes, Casillas y Sergio Ramos, me pidieran la destitución de Mourinho", dijo el presidente del Madrid. La reunión que Florentino había mantenido el martes al mediodía con Casillas, Ramos y José Angel Sánchez, director general del club, fue filtrada por el periódico deportivo líder de este país con un titular tan duro como sorprendente: "Presi, en junio Mou o nosotros". Un titular que ponía en evidencia la ruptura total del vestuario y que significaba un chantaje en toda la regla al presidente. En el caso de que hubiera sido cierto... ¿O sí lo es?
En estos momentos en los que el 'vale todo' se ha impuesto en el periodismo (y todos somos culpables de ello) no resulta increíble pensar que un periódico se invente una noticia. Debería ser un pecado. Lo es. Pero se comete tan habitualmente que ya no resulta escandaloso. Pero la pregunta que me hago hoy, y que se hacen muchos socios y aficionados al fútbol, es la siguiente: ¿Quién miente, Florentino Pérez o el MARCA? Resulta durísimo pensar que un gran grupo de periodistas decida hacer una portada inventada para vender más. O, como aseguraba ayer el presidente blanco, para validar intereses ocultos, como el deseo de controlar el club. ¿Tan lejos podemos llegar?
Me gustaría pensar que el que miente es Florentino. Y que ha mentido para proteger a Mourinho, para proteger a sus futbolistas y para proteger al Madrid. Que sería, en definitiva, una mentira aceptable. Incluso personable. Me gustaría pensar que el Madrid es una olla a presión a punto de reventar por culpa de un impresentable como Mourinho. Me gustaría pensar que los futbolistas le hacen la cama a su entrenador para liberarse de su dictadura... Pero me aterroriza pensar que el que ha mentido ha sido el MARCA. Prefiero no pensarlo.

Para remate, alguém esperaria que Florentino, e depois Casillas e Ramos, viessem dizer que era verdade? E, no entanto, sim, é verdade, uma vez um jornalista escreveu que um treinador, bicampeão, não era querido pelo balneário nem pelos adeptos. Mas eram outros tempos... Tal como também se escreveu, outro jornalista, e não foi desmentido e confirmou-se ser verdade, que outro treinador bicampeão e até vencedor da dobradinha não era desejado pelo clube apesar da forte ligação afectiva.

nota 1 - esquecia-me, mesmo após o pedido de reflexão do blogger espanhol, a figurinha do El País na foto publicada de Hugo Chávez e onde pode chegar a "rivalidade" ou "o limite do aceitável quanto a responsabilidade e credibilidade de um título, esse sim, de referência em Espanha.
nota 2 - Uma inacreditável, surreal mesmo, edição do Telejornal desta noite, abrindo e fechando com o futuro da RTP mediante a pausa das intenções do Governo em actuar sobre toda aquela merda que nos ai custando os olhos da cara. Desde a entrevista absurda do Orelhas a Miguel Relvas, a abrir, ao patétito Adelino Faria a enunciar só as receitas e proventos da RTP como se não existissem despesas e encargos, brindando-nos com o par de bandarilhas como o Marcelino pão e vinho e o André Macedo convertido à Economia mas sem levantar questões sobre os números da RTP, um autêntico balde do mesmo de sempre quanto a vacuidade e nenhuma reflexão sobre o tema. Só no fim me lembrei porque é que há tantos anos deixei de ver os noticiários da RTP. Não há pachorra para tanta mediocridade e, cada vez mais, inculcação de "funcionalismo público" em nome de serviço público que é uma anedota!