29 dezembro 2012

Sporting despromovido e futebol de fim de ano

Também sou daqueles que não acreditam na despromoção (*) do Sporting pela pura competição, via campeonato e respectiva soma (insuficiente) de pontos. Rio-me, claro, da hipótese de aplicarem ao Sporting a via disciplinar que já poupou, pelo lado fiscal, o Benfica há uns 10 anos, mas condenou, como se sabe, o Boavista por factos muito mal provados. Nem creio que o agora regressado João Loureiro aponte o exemplo do Boavista para "justificar" a descida do Sporting como os factos, já incontornáveis e verificáveis, indiciam até ao teste judicial em instância própria. João Loureiro não o faria, ao contrário de outros "famosos" da capital movendo influências contra clubes do Porto, por uma questão de educação e ética, que rareiam em Lisboa onde os fins justificam os meios.

 
 
Retomamos, hoje, a taça da treta enquanto além-Mancha se joga a sério, como é da tradição. Hoje, precisamente, um reencontro improvável na mesma divisão entre dois clubes históricos, Queen's Park e Rangers, na III Divisão escocesa. Como dizia o directo da Sky Sports às 12.45, este é um derbi mais antigo do que o Old Firm entre Celtic e Rangers. Queen's Park e Rangers, para muitos passadores de informação desportiva, deveria ser apenas um clube só e sediado em Londres como albergue pontual de Bosingwa rendido ao laissez faire, laissez passer desde que se aprisionou pelas libras e abdicou de melhorar o seu jogo, defrontaram-se pela última vez na mesma divisão em 1958. Bons tempos, quando o Hearts acabou campeão 13 pontos à frente do Rangers e 16 do Celtic e o Queen's Park em último (9 pontos e 114 golos sofridos em 34 jornadas), não mais voltando ao máximo escalão na Escócia. Ano em que Edimburgo não obteve a dobradinha, porque o Hibernian perdeu a SFA Cup para o Clyde (1-0).
 
Mesmo no último escalão da pirâmide mais ou menos profissional do futebol escocês; por sinal, também no Hampden Park estádio "nacional" que até é pertença do modesto Queen's Park a quem a federação paga uma renda para usar até para a selecção: isto é futebol. A III Divisão para onde, por razões fiscais, o Rangers foi relegado esta época.
 
Algo impensável em Portugal onde é impraticável algo mais do que divagar e refletir no tocante ao primeiro parágrafo. E ponto final.

ACT.:
(*) - pois o chico-esperto da (contra)informação falou. Ao Espesso. Lata não lhe(s) falta. Ao tipo, aos outros que arrasta com ele, e aos adeptos do clube mais especial e acima de suspeitas. Folclore à moda de Carlos Silvino, que isto é de 'entreter' crianças e contar estórias da carochinha.
Artur Baptista da Silva foi presidente de qualquer coisa no Sporting. E nenhum jornalista do Record sabia quem ele era. Foi julgado por fraude económica. E ninguém no Negócios sabia quem ele era. Atropelou duas velhinhas. E ninguém no Correio da Manhã o reconheceu. Teve uma cena de pancadaria na prisão. E passou despercebido na redação do Crime. Não foi o Expresso que falhou. Toda a gente sabe que este tipo de jornalismo nunca foi a especialidade de Nicolau Santos. Aqui, sobre mais outro chico-esperto, outro de Lisboa, outro que come este mundo e o outro, outro que deixa os dos pasquins a chafurdar na merda em que se movem.