26 dezembro 2012

Espécie protegida: palradores desportivos

Não sabia deste caso. Há quem o aponte como figura do ano e eu nem dei por ele/ela, mesmo conhecendo outros exemplos. O Gabriel Ales deixou há muito de ser tema de chacota pelos dichotes, há mais pichotes e piores do que ele. Eu não pedi que haja humor?! Está omnipresente e ainda bem que não acompanhei. Faz-me lembrar o que há muito deixei de aturar. Nunca vi eixos do mal ou do bem, nem espessos de meia noite ou meio dia, afasto-me quando cheira a esquerdismo balofo e clubismo serôdio. Sei o que as casas gastam. Não me enganam. Desacredito. A dúvida é o melhor método, há poucos que a alimentam e raros os que se conduzem por méritos próprios.
Não leio, raramente comprei, o Espesso.

Noto, porém, que no tocante ao fenómeno desportivo lido, palrado e comentado, há um núcleo duro e inexpugnável, por ciência própria ou proteccionismo alheio, que eterniza a plêiade. É uma espécie protegida a dos palradores desportivos. Como espécie, que se reproduz sem cessar, copia-se a si mesma e debitam todos as mesmas inanidades e enchem-se de vulgaridades incomensuráveis. Acontece até que, na aparente diversidade, erros de apreciação são comuns: clubites diferentes aferem as mesmas banalidades. O que é notável e diz bem da qualidade, e coexistência pacífica, da coisa. Por muitos programas e até novos canais na pantalha, não há dsignificativas diferenças. A mesmice que igualou os pasquins desportivos reproduz-se nos palradores desportivos, alguns cronistas dos primeiros, de onde emergiram. Esses já são, helàs, bem conhecidos. As caras dos figurantes das políticas avulso também, embora muitos não lhes liguem.
Há muito deixei de ver, só por terceiros chegam-me exemplos do que vai acontecendo. Não raro, apontam-se críticas a palradores da mesma clubite. Aliás, não inesperado, o fenómeno de se criticar a leveza, ligeireza e não distinção entre uns e outros tem-se replicado até naqueles que abraçavam a oportunidade de terem um canal do seu clube, mesmo que travestido em informação exclusiva e, aparentemente, pertinente na defesa do seu clube.
Como no caso acima, por aí tão glosado, a culpa do papagaiar sem tino são dos responsáveis editoriais. Nos desportivos, porém, confluem a mediocridade de alguns para a chamada dos mesmos de sempre. Em circuito fechado se enredaram. Dificilmente haverá um Artur Batista da Silva no Futebol. Apesar das aparências, mas eu até costumo identificar os grunhos do socialismo com os do benfiquismo.
Seja lá o que isso for. Os guardiões do templo, da comunhão da mesmice, do engano da eventual diferenciação com a presença das ideologias dominantes, asseguram que tal não aconteça.
 
Não dá para refletir. Mesmo, agora, quando temos tempo. É mesmo assim. Inanidades para a eternidade. Amen.
O que é mais grave, ressaltando das leituras do caso em apreço, é poucos se aperceberem da origem disto, da ocorrência deste tipo de fenómenos e da incidência de mais casos similares, que não no Futebol como ressalvo. Os bimbos jornaleiros farão as mesmas coisas para consumo acrítico, acéfalo e anémico do consumidor pouco exigente de Informação. Por isso ela não existe série nem credível, apesar dos raros esforços de muito poucos e infelizmente muito repartidos pelos vários títulos.
The last, but not the least, é que, por incrível que pareça embora a mim não, o pantomineiro replicava as diatribes messiânicas dos pantomineiros só cretinos que levaram isto ao Estado que está. Os Abrantes e Galambas, os grunhos da corja xuxialista, atingiram o seu zénite. O facciosismo dos palradores desportivos pede meças ao imbecilismo dos comentadeiros políticos. Há até os híbridos que são maus nas duas coisas, como Miguel Sousa Tavares, idiota iluminado. E, contudo, a opinião que se publica e os incautos que caem nas patranhas são bem capazes de puxar a mesma sardinha para a sua brasa. Quo Vadis?