25 novembro 2012

Thriller põe fim ao suspense e Bandido sai herói

Somos os campeões, desculpem qualquer coisinha! E o FC Porto chegou a Braga para ganhar. Ganhou sem discussão. Foi melhor equipa, teve mais bola e lances de golo iminente e nunca desistiu de ganhar. Aos 90 marcou e aos 90 e tal confirmou. Num minuto e tal teve o golo pertinho logo no início, com bola no poste e depois uma ocasião no seguimento. Não foi no início, onde a credencial de campeão foi apresentada, mas foi a tempo de se fazer justiça, porque o campeão nunca desiste. Os cafeteros colombianos mantiveram desperto o interesse na partida até ao fim. James disse mata e Jackson esfola.
 
Não foi fácil, muito menos passeio, mas o FC Porto esteve tão por cima do jogo que o Braga limitou-se a querer controlar e não a pugnar pela vitória. Andou muito longe da baliza, só em cantos e livres perigosos testou Helton, não teve uma clara ocasião de golo. Pormenores decidiram? Sim, mas revelaram-se pormaiores. Ter melhores jogadores ajuda e muito. Mesmo que Moutinho tenha estado uns furos abaixo do normal e Lucho também mas menos notada a sua subprodução marcada pela inconstância, enquanto Moutinho esteve quase sempre sem rasgo e notou-se mais no desenvolvimento ofensivo a que não prestou a sua dinâmica e talento no passe.
 
Houve pouco Braga, quanto a mim, e espero até que haja mais na 6ª feira de forma a tornar o jogo mais de parada e resposta se o Braga assumir querer ganhar e posicionar-se mais à frente. Antevejo um jogo talvez mais facilitado se o Braga fizer o jogo pelo jogo de peito aberto, como é suposto numa eliminatória de Taça, até se quiser mostrar que, em seu entender, esta derrota foi imerecida. Podia ter dado empate, mas se não deu por algo foi e muito porque o FC Porto teve sempre a baliza nos olhos e jogadores perto dela. O Braga limitou-se a contra-ataques e remates de fora. Depois até fez mais contenção nas substituições e o Porto limitou-se s trocar apenas os três jogadores de menor rendimento: Varela, Moutinho e Lucho. Neste último caso, até meteu Kléber ao lado de Jackson e já a equipa jogava mais por dentro do que nos flancos. Assim criou a pressão no meio para marcar duas vezes num piscar de olhos e na lavagem dos cestos de uma vindima tardia mas frutuosa.
 
Após uma semana de mera discussão pateta de café, com sorte para aqui e wishful thinking começado precisamente no dia do afastamento europeu dos minhotos a partir do qual três colunas opinativas de respeitável gente de O Jogo com costela benfiquista "alertaram" para as consequências de o Braga "não ganhar" ao bicampeão, vamos ter uns dias a aquecer o embate de 6ª feira na Taça com discussão de um penálti por remate à queima contra um braço de um defesa, com Alan a um metro de Alex Sandro, o que vai dar para muitos especialistas de arbitragem que calam coisas mais visíveis ao longo de uma temporada estafante para este quebra-cabeças e normalmente sem ábaco à mão para as chinesices do costume.
 
Mas 6ª feira há mais e espero que melhor se o Braga deixar de especular no jogo e mostrar ser capaz de ganhar. O Porto não se queixa do calendário, tendo de jogar em Paris para o 1º lugar na Champions de amanhã a oito dias, enquanto o Braga quando muito procurará apenas uma vitória caseira de consolação na 4ª feira. 
 
Só hoje percebi que as queixas, que desconfiei serem infundadas, de Mourinho por jogar primeiro do que o Barça eram, afinal, por ter de jogar na 3ª feira para a Taça do Rei. Hoje o Barça, com mais dois de Messi, ganhou no Levante por 4-0 - e um 11 só formado em casa!. E como o Milan bateu a Juve, foi um domingo em beleza. Tudo está no seu lugar, graças a Deus.