15 novembro 2012

O costume (Selecção, opiniões, Greve, Trabalho, Emprego) num dia cheio à brava!

Quantas repetições o Magoo Tadeia tem de ver para saber se há um evidente fora-de-jogo (1-2, Hugo Almeida) que ele à partida acha que não existe, dependendo da equipa beneficiada?
Uma vez mais, Paulo Bento safa primeiro da partida um jogador do Real Madrid (Pepe). Estão vários do Braga em campo e que têm de jogar 6ª feira na Pampilhosa. Varela (65) e Moutinho (73) são do Porto e não têm a protecção dada aos de Mourinho. Mais uma vez, ninguém vê a selecção cirúrgica das convocatórias, liberatórias e condenatórias.

O que foi a Selecção fazer ao Gabão ninguém sabe. Alguns novatos negaram ir "fazer férias". O Bentinho crismado pela boa Imprensa diz que prepara os jogos "importantes", que são em Março. Já em Espanha, Fàbregas disse que a Roja não ia "fazer nada nem preparar nada" ao Panamá. Diferenças e não só de estatutos nem de títulos mesmo.

Dia de Greve foi um dia em cheio. Ainda na Selecção, tivemos um patego a afirmar que não, não eram nada 800 mil euros de caché, eram 1,5 milhões e até o dobro do que o Brasil recebeu há um ano por ir jogar a Libreville. Para mim é mais um golpe da Nike, com Brasil e com Portugal, mais do que um empresário luso-francês. Estão a ver, não estão, Portugal a receber o dobro do Brasil? Bem, o director do referido intrépido sabedor da verdade marimbou-se para o que o seu escriba escrebinhou e falou um dia depois de... 800 mil euros. Dá para rir, mas o dia foi sério. À brava.

Quantas mais horas e pedradas em cima vai esperar a Polícia até reagir contra terroristas urbanos?

Quem vai ter de morrer se um transporte público for alvejado a tiro?


Quem paga - ou o que ganham (bem) é suficiente para aguentar a "luta" - aos estivadores para se manterem activos sem trabalhar, protestando não por melhores salários, dos quais não parecem ter razão de queixa, mas porque podem aparecer outras empresas e trabalhadores a fazerem a estiva nos portos portugueses que não são deles mas de Portugal?

E pelo frenesim das notícias, constata-se ainda que nunca, mas nunca um jornal, revista, telejornal em Portugal deixou de se fazer num dia de greve, ao contrário do que sucede em Espanha, Grécia, Itália e França - quando será que a "indignação" de tantos pés-de-microfone em reportagens miseráveis - para as quais as chefias protegidas mandam maioritariamente estagirários e bimbos acreditados - se estende à sua mesma demonstração de usar um direito constitucional?

Por quanto tempo mais, 38 anos e meio depois do 25/4 e quase 37 anos depois do 25/11/75, quando se gorou a hipótese de o PCP ter mais de 20% do eleitorado do seu lado, estando agora abaixo dos 10%, teremos de aguentar as diatribes de gente assim e, pior, dos menos de 6% que fazem bloco com barricadas,petardos, pedradas e caixotes a arder e que se dizem, indignados, representar o Povo?

Pois, quem não sabe ideia mínima de como chegamos ao ponto em que estamos não é solução para melhorias. Ilusão. E mais do mesmo e dos mesmos..

Outra ilusão: passei a meio da tarde, ontem, na Baixa, Pr. Liberdade sem acesso automóvel, lá em baixo uns 2000 em manifestação. Sem trabalho? Não sei. Se descessem à Bolsa, iriam procurar emprego em Angola, iniciativa mediatizada mas sem grande divulgação do custo de 7 euros de entrada... para não angolanos. Quando os súbditos da Merkel oferecerem trabalho, vão ver que não pagam nada para entrar numa feira de emprego. E vão aprender, emigrar mas melhorar, beneficiando de mais educação, formação, preparação até para trabalhar lá fora, não é clandestino nem se sai do país a salto como antigamente.
Já os angolanos pedem i) que os seus para lá voltem; ii) e que os tugas lá vão ensinar, mas sem tratar mal os locais nem exasperar com a sua inaptidão apesar de quererem ganhar tanto quanto os professores... da Metrópole. Como já estamos colonizados em parte pelo capital negro, sim, da corrupção e compadrio, só protestamos contra o capital reprodutor que não sabemos utilizar dos parceiros europeus. Somos assim e não há volta a dar.

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