19 janeiro 2012

O público Cérelac contra os hooligans que certos clubes publicitam

Em vez deste tipo de palermas, recorrentes mas felizmente menos frequentes nos estádios, a repetição do Ajax-AZ da KNVB Beker holandesa teve 20 mil crianças U-12 para um jogo entretido e para a História.
Mais uma vez, a Holanda acaba por saber dar a imagem do verdadeiro fair-play. Cortar o mal pela raíz. Corrigir decisões absurdas, ainda que escoradas nas Regras do Jogo, do árbitro Nijhuis, facilmente reconhecível por ter cabelo bem preto em vez de loiro, quando expulsou o g.r. Alvarado, do AZ, que agrediu o adepto invasor que tentara agredi-lo. Repetir-se a partida, obviamente. E sem reclamações de quem, à altura, vencia por 1-0 e paga pela estupidez de um palerma. Mas já não à porta fechada, como antes determinado.
A Arena, desta vez, teve a civilidade esperada de um povo que adora futebol, sabe colorir os estádios de laranja quando joga a selecção de van Persie e Sneijder e leva aos Mundiais e Europeus os melhores adeptos e a mais festiva, garrida e musical claque já premiada pela FIFA como Best Supporters no mundo.
A Holanda é isto e não o hooligan.

Portugal, ao invés, tem o diabo em Gaia, os invasores de campo em Alvalade e os caceteiros na Luz.
Os túneis em Lisboa andam pela hora da morte.
E até os corredores de acesso aos balneários podem ter imagens chocantes que os locatários não vêem mal e até se ofendem se criticam a coisa. Trocando trogloditas por miosótis e girassóis até dá para fazerem piada a perguntar se assim está bem.
Estar está, mas a fotografia em que ficaram mal, e até aplaudiram como boa prática e "sustentável" na civilização dos estádios ditos modernos, atractivos, cómodos e familiares, nunca será apagada.
Em Portugal os adeptos carroceiros têm o que merecem. Mas como assobiam para o lado...

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