11 agosto 2011

Mercado parado por um dia

Nem vale a pena mostrar as capas dos pasquins de hoje, já quase todos as viram e batem no mesmo, à excepção da edição Norte de O Jogo que optou por não trazer a este reduto a goleada da selecção do grande Luxemburgo em jogo amigável lá no Algarve, tão esfusiantemente celebrado como se valesse a conquista do Europeu.

Para quem sabe ou apenas tenha memória, há 10 e, pior, há 15 anos, nem sequer se dava manchete a um 5-0 ao Luxemburgo em jogo de qualificação. Era impossível fazê-lo para um jogo amigável, então...


O que revela a crise de ideias que por aí vai, e o que lhe corresponde na queda vertiginosa das vendas, associada à da credibilidade.



De resto, com o mercado de transferências em efervescência, não há uma notícia de mercado de transferências. A que há, em O Jogo/Porto sobre Mangala, é só questão de pormenor, uma diferença de um milhão de euros para garantir, penso eu de que, o jogador do St. Liège. E o que é um milhão para quem, descobrindo Petróleo no Dragão, anda a gastar às dezenas de milhão, várias dezenas?...
Mangala seria notícia num clube lisbonense, nem que fosse para atar... as botas, já nem digo o contrato, de resto anunciado como inevitável lá para o clube das promessas todas.
Estranhamente, após 80ME em compras pelos três principais clubes, parece que já compraram o que tinha de comprar e agora só resta vender, a bem ou a mal, porque tem de ser. Mas nem nada de saídas, esgotadas já todas as entradas.
É só um sinal dos tempos, vários sinais deste tempo.
Da mesma forma, a Opinião Pública que poderia estar a ferver para comentar, como de costume, tudo como se disso soubesse, está de férias, talvez com os produtores e os opinadores encartados, os tudólogos. Hoje de manhã, à hora que devia ser de discussão de algum tema, nem que fosse o Portugal-Luxemburgo amistoso que fez as capas dos pasquins, havia um documentário "Toda a Verdade", amiúde remetido para as tantas da noite e com reportagens excelentes que nos mostram o mundo como ele é e não como gostaríamos que fosse e propagandeiam nos jornais da paróquia. Reportagens que nos fazem lembrar o que é o Jornalismo, a diversidade de coisas a tratar e o modo como são vistos por esse mundo fora, tão longe desta pacóvia terrinha.

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