19 novembro 2010

O desgaste das selecções

Um puzzle difícil de lidar, com problemas que não se podem contornar.
Álvaro chegou lesionado, como antes chegara Rodriguez após jogos com o Uruguai. Lesões que acrescem ao desgaste de viagens intercontinentais. Problemas traduzidos em dinheiro pelas ausências forçadas, muitas vezes em jogos amigáveis, como foi agora o caso do lateral-esquerdo do FC Porto.

É pena, porque Álvaro é desde o início um dos jogadores favoritos dos adeptos e que cedo convenceu até a crítica e mesmo adeptos rivais. É um grande jogador, sempre a 100% e que dá tudo, não se retrai em jogada alguma e praticamente não tem lesões.


Álvaro poderá voltar apenas em 2011. Nos jogos complicados, penso que voltaremos a ter Fucile à esquerda, pois Sapunaru tem estado muito bem, finalmente, à direita e o lugar é seu. Mesmo que em M. Cónegos, domingo, jogue Emídio Rafael na Taça.

Mas há mecanismos de compensação financeira, finalmente aplicados no âmbito da FIFA, pelos jogadores lesionados a quem os clubes deixam de ter responsabilidade sobre os seus salários.

No Liverpool, que há um mês perdeu Kuyt pela Holanda por todo o resto da época, agora é Gerrard que se magoa no amistoso Inglaterra-França. Ainda na Holanda, Mathijsen, do Hamburgo, também se lesionou no particular com a Turquia de 4ª feira.

O caso de Gerrard aqui: http://www.skysports.com/story/0,19528,11669_6515484,00.html

Às vezes é ao contrário, os jogadores lesionam-se nos clubes e desfalcam a sua selecção. Jorge Andrade, pelo Corunha num jogo em Barcelona, praticamente viu a sua carreira arruinada, falhou o Euro-2008 e, apesar de ter tentado, não mais pôde ser o mesmo jogador que, praticamente livre de lesões também por jogar limpo com poder de antecipação e velocidade inusitada num central, já não conta para totobola algum.

O futebol é cruel, mas sempre se deu disto um pouco por todo o lado.

As selecções têm o direito de dispor dos jogadores, os clubes agora podem perder o seu contributo por lesão mas há seguros próprios e indemnizações definidas entre clubes e respectivas federações.

Entretanto, noutro âmbito, o histórico Blackburn Rovers, membro fundador da Football League em 1888, foi comprado por um magnata indiano. Por apenas 23 milhões de libras, a que se junta 20 milhões de dívidas. Nem os magnatas locais, como Jack Walker que revitalizou um clube agonizante ao ponto de recuperar o título inglês em 1995 após 91 anos de espera, já asseguram a sobrevivência dos seus "brinquedos" que assim foram considerados noutros tempos.
É o mundo do futebol que, em Portugal, por causa de uma cimeira que não causa transtorno em capital nenhuma da Europa, muito menos quando em Bruxelas se concentram estes mesmos líderes políticos e militares na sede da NATO com óbvia regularidade, um jogo de Taça é adiado.
O que fazem ao futebol também é cruel.

1 comentário:

  1. A solução é simples, basta ter jogadores que não sejam bons que cheguem para ir às selecções, como outros clubes. Por exemplo, há um clube que só levou um jogador mediano à seleção do seu país à pouco tempo...

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