Dois golitos apenas e nenhum brilho

Isto também é um clássico: a descompressão depois da euforia e a uma exibição de luxo segue-se uma exibição de lata. Nem há milagres, quando se trocam quatro titulares (Sapunaru, Maicon, Moutinho e Falcao) e um quinto (Varela) não só esteve desinspirado como cedo lesionado. Realce para o 1º golo de Walter, na estreia a titular como antes fez na Taça (com 3 golos ao Limianos), e mais um de Hulk mas sem slalom nem empolgamento.

Com um adversário fogoso, por vezes em demasia, e com linhas muito próximas, bastante juventude, irreverência e sangue na guelra, o Portimonense vendeu cara a derrota e até ao penálti para o golo costumeiro de Hulk, já nos descontos, não se pode dizer que o empate surpreenderia se tivesse acontecido como amiúde sucede nestas ocasiões.

O FC Porto praticamente não criou uma ocasião de golo na 2ª parte e Helton viu uma bola tirar a tinta à sua barra, pelo que tudo poderia acontecer na medida da crescente gestão de esforços da parte do líder da Liga, enquanto os algarvios acreditavam poderem ser bafejados pela sorte.

Foi sem brilho algum que o FC Porto ganhou, mas estes jogos fazem parte do campeonato, é neles que se tem mais a perder do que a ganhar e ajudam a demonstrar que nada está ganho à 10ª jornada, valendo agora a ida a Alvalade, após mais uma jornada de Taça (no Moreirense), com 10 pontos de vantagem para confortar a liderança e deixar a equipa sem pressão e ansiedade, além de poder recuperar quem por castigo ou lesão não estava disponível.