19 outubro 2010

Como o Benfica era defendido no outro regime e a isenção dos Carrajolas (lembram-se deste sinistro actor?) actuais

Talvez com algum atraso apanhei, sem querer, uma peça de novo absurda que o inefável (Bo)Ronha deu no seu blog, realmente muito mal frequentado. O que tem a ver o Homer Simpson com o von Smallhausen lacaio do "herr Flick da Gestapo" da série "Allô, Allô". Eis como o modus operandi do futebol português nos gabinetes, a proteger desavergonhadamente o Benfica, se revela sempre e sempre que cada um abre a boca para contar coisas de outros tempos. E aqui se recorda como um protagonista sai agora a terreiro depois da farsa do PREC do CJ da FPF de Julho de 2008 em que, sublevando-se contra o presidente que até encerrara a reunião, condenaram Pinto da Costa, Valentim e João Loureiro e o Boavista.
Ok, o Vaticano acha que Homer Simpson é católico mas isso interessa(-lhe) pouco a todos.


http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1690134

Da mesma forma, este João Carrajola "von Smallhausen" Abreu, de quem o inefável (Bo)Ronha diz ser amigo - diz-me com quem andas... -, saiu-se com esta pérola e mostra-se imparcial e referência de lisura:

"A ideia generalizada de que os magistrados são independentes e os outros juristas “correias de transmissão” dos interesses de quem os elege é desmentida pela realidade dos factos.
Era famosa a forma como diversos desembargadores resolviam os recursos a favor dos clubes de Lisboa, nomeadamente o SL Benfica, no antigo regime e até ao fortalecimento do associativismo no norte do país.
Cite-se também o caso que eclodiu na Comissão Disciplinar da Liga entre o Dr. Gomes da Silva e o Dr. Pedro Mourão, que culminou com o afastamento do primeiro.
Portanto, a independência não é privativa dos magistrados, tal como o tráfico de influências não é apanágio dos “advogados”.

Este bonzo, um anafado com aspecto sinistro, saiu-se com esta como a demarcar-se da dependência de outros advogados que enxamearam as instâncias jurisdicionais da FPF ao longo dos anos. Mas ele próprio foi relator do acórdão do CJ relativo ao FC Porto-E. Amadora, com o qual reiterava o castigo do Bosta da (CD) Liga para afastar o FC Porto da Champions, sempre manobrado pelo Cunha Leal e o João Correia como correias de transmissão do Benfica. E, para mais, confirma o diferendo Gomes da Silva-Mourão e Cebola, quando estes afastaram o primeiro para salvar o Belenenses e condenar o Gil Vicente no caso Mateus, numa sublevação que, mais uma vez, a gente de Lisboa fez suceder. Mas contar como as coisas foram no episódio não reforça a posição neutral que diz ter em nome da legalidade de que foi enviesado intérprete... amotinado!
"Allô, Allô"!

Posso recuperar o que então escrevi (6/7/2008) a respeito do PREC instalado no CJ da FPF e dos intervenientes num processo vergonhoso depois ratificado pelo parecer do Fretes do Amaral a 65 mil euros. O dr. Gonçalves Pereira já viu os tribunais darem-lhe razão quanto à sua legitimidade como então presidente do órgão, falta os tribunais anularem de facto as decisões saídas da intentona de assalto ao poder instituído e reabilitar, definitivamente, o Boavista, pai e filho dos Loureiro e Pinto da Costa (que sofreu dois anos de silêncio por conta destes maganos).

"Na tv, vi um tipo sempre escondido, de olhos na ponta do nariz, enquanto um moço fininho lia um comunicado. Este, Álvaro Batista, é de Castelo Branco. Seria o vogal a quem foi confiada a presidência de uma reunião de conselheiros não convocada regulamentarmente. Isto é indesmentível. Parece que outro conselheiro, talvez por antiguidade ou estatuto, mostrou indisposição para assumir o lugar que lhe caberia. Normalmente, em bando, há sempre quem empurre alguém para os cornos do touro. Álvaro Batista mostrou saber ler comunicados. E nada mais. Vi mais um ou outro conselheiro e esperei saber quem identificaria o pomo da discórdia, o tal João Abreu recalcitrante. Este homem de leis não só não aceitou que o presidente do CJ não acatasse o pedido de suspeição pacense para este não votar a decisão da descida de divisão (por motivos claramente infundados de alegada promiscuidade de Gonçalves Pereira e Valentim Loureiro na Câmara de Gondomar, cuja realidade é do conhecimento público), que compete ao presidente nos termos regimentais.

Não, João Abreu achava-se no direito de questionar o presidente quando este era o “suspeito” da acção; mas achou-se ainda mais no direito de ficar, ele mesmo, acima da suspeição que sobre ele foi lançada por dois clubes, quando o presidente, no âmbito das suas competências e depois de ter trocado correspondência a propósito com ele sobre o assunto, exerceu a acção profilática de o afastar, perante a renitência deste. É o primeiro exemplo de democraticidade do órgão, melhor de alguns dos membros do órgão. Com cara de não poder partir um prato, conta-se na Imprensa, Álvaro Batista é o primeiro a questionar o presidente. Não em termos jurídicos, mas de opinião pessoal. O assunto é entre partes, não é colegial. Álvaro Batista é um sargento que ousa iniciar a sublevação. Um filme com guião certamente pré-definido.

Aqui começou a sublevação. O presidente, desautorizado, só podia encerrar a reunião e fê-lo, uma vez mais nos termos regulamentares. Este ponto é também pacífico. Curioso que os amotinados reclamam o seu direito de justiça e esgrimem (embora poucos) argumentos jurídicos, sem afastarem o cenário da intentona. Partem para a denúncia de situações menos claras, apresentam-se na televisão, em bando mais uma vez, e ditam sentenças que chegam ao povo quando este acorda. Pena é que o direito de informar primeiro os interessados das sentenças tenha sido subjugado ao interesse próprio de se legitimarem, tardiamente, pela tv, à procura de soldados para a sua trincheira.

As figurinhas da farsa

Hoje, ao ler os jornais, vejo a figura do João Abreu. Desatei a rir. Já tinha visto a figura na tv, ladeando o comunicador do panfleto revolucionário convenientemente lançado a meio da noite.Porque me ri ao identificar João Abreu nos jornais? Porque já na tv a figura, que desconhecia, me causara sorrisos.Não rebolo a rir como o Astérix e o Obélix, mas gosto muito da série “Allô, Allô”, o René, as criadas, o “monsieur Leclerq”, a Helga, mesmo o Herr Flick, da Gestapo.Pois, João Abreu faz-me lembrar o lacaio do oficial da Gestapo, von Smallhausen. Aquele coxo de má figura, vestido de negro como João Abreu, baixo, de óculos transparentes em armação e lentes. Estão a ver? Dá para tudo, até para herr Flick subir com as botas cardadas nas suas costas a trepar a uma carroça. Só me posso rir. É, de facto, uma comédia, de costumes do futebol português e da má prática de certa gente.

Só João “vom Smallhausen” Abreu apareceu. Álvaro Batista, arauto do comando que lê comunicados, podia ser a Helga, fiel soldado feminino à disposição de quem manda. Os famosos cinco conselheiros são dois. Os bandos são assim. Até no Conselho de Revolução, perdão de Justiça. Fazem manobras de diversão. A gente ri-se."

Para concluir: esta gente dá-se ares de importante e impoluta, dá conselhos e aponta rumos. Deve ser um dos comparsas do Seara para o assalto que aí vem à FPF. E pensa que são todos parvos como o (Bo)Ronha. Só quem não os conhece.

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