19 setembro 2010

Relatório (Bo)Ronha (XXVII, adenda oficial): A demissão de Paulo F. já aqui trazida por causa de Laurentino "Kim Jong-il" Dias


Vem hoje, li na página de Desporto online do Diário de Notícias que já não tem, há vários dias, o patrocínio da ADoP e do IDP como aqui denunciei abundantemente, mas parece que a notícia foi apenas tirada da Lusa:


Frischknecht demite-se do COP
O presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN), Paulo Frischknecht, demitiu-se na quarta feira da Comissão Executiva do Comité Olímpico de Portugal (COP) por entender estar em causa "a independência e a autonomia" daquele organismo "face ao poder político".
Numa carta enviada ao presidente do COP, Vicente Moura, e aos seus colegas da Direcção, à qual a agência Lusa teve acesso, Paulo Frischknecht insurge-se contra o teor do despacho governamental de 17 de Agosto em que o secretário de Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias, impõe algumas determinações ao COP.
Entre elas, que, com base nos montantes reservados à Federação de Vela relativos ao projecto Olímpico Londres2012, o COP proceda "à gestão directa daqueles apoios financeiros, garantindo a operacionalização das actividades de preparação, participação competitiva e enquadramento dos praticantes, treinadores, dirigentes e demais agentes envolvidos".
No despacho, Laurentino Dias determina que o COP "proceda ao pagamento directo das bolsas aos treinadores que enquadram os praticantes integrados no Projecto Olímpico Londres2012".O teor do despacho desagradou a Paulo Frischknehct, que na carta enviada a Vicente Moura e seus pares fala de uma "subalternização política e institucional do COP".
"Não considero adequado que uma 'determinação' de Sua Excelência o secretário de Estado seja passível, e produza efeitos, sobre os procedimentos -- e comportamentos -- a adotar pelo COP, ao arrepio de tudo o que sempre nos habituámos a ouvir quanto à sua [do COP] independência e autonomia relativamente ao poder político", refere Paulo Frischknetcht.
O presidente da FPN diz que a anuência à iniciativa do governante seria um "grave precedente", tanto "no panorama associativo" e das relações das federações com o COP, como na "- aparente - subalternização 'política' (e institucional) do COP, de crescente submissão aos ditames do Governo da República".
O despacho governamental apresenta como justificação a recusa da Federação de Vela (FPV) de "dar cumprimento ao contrato-programa de alto rendimento e seleções nacionais, bem como ao contrato-programa de preparação olímpica".
A recusa foi expressa numa comunicação que a FPV enviou ao Instituto de Desporto de Portugal (IDP) a 16 de Junho, na qual justifica a posição com o facto de o IDP ter "suspendido os contratos-programa de suporte à actividade nacional, designadamente de enquadramento administrativo e técnico".
Isto aconteceu porque a FPV tem o estatuto de utilidade pública suspenso, por inadequação dos seus estatutos ao novo Regime Jurídico das Federações Desportivas.
Contactado pela Lusa, Paulo Frischknecht justificou com "divergências de opinião" a saída do COP, cuja Comissão Executiva integrava há seis anos, adiantando apenas: "Em respeito aos valores e princípios que sempre defendi, não pude tomar outra atitude que não a minha demissão".
Já o presidente do COP disse compreender que "não é fácil a um presidente de uma federação integrar-se numa equipa supra-federativa", o que implica uma "transição de um trabalho individual para colectivo, no qual deve imperar a solidariedade e desprendimento de projectos pessoais".
"Foi a primeira vez em quatro mandatos consecutivos que registei uma renúncia de um membro da Comissão Executiva, a qual, de pronto aceitei", concluiu Vicente Moura.
Contactada pela Lusa, a secretaria de Estado da Juventude e Desporto escusou-se, para já, a comentar o assunto.

Façam o favor de ler aí em baixo, de 6ª feira passada, o que escrevi sobre o assunto.
adenda: o Público também deu... a mesma coisa. http://desporto.publico.pt/noticia.aspx?id=1456616
Entretanto, http://oinsurgente.org/2010/09/19/socialismo-real/ Jong-un será o sucessor de Jong-il que já sucedera a Il-sung. And so on...

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