31 março 2010

Argumentário para um título (XII)

Nada de especial, como previsto. Um é melhor do que o outro - e por isso dobrou a audiência (http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Media/Interior.aspx?content_id=1532952), a terceira via falou a voz do dono e todos foram batidos pelas telenovelas.


Mas fizeram-se debates a seguir, com os mesmos de sempre e as mesmas previsibilidades das semelhantes sensibilidades. Uma chachada, no fim de contas e, dizem-me, entrou pela noite dentro. Obviamente, só o Rascord acha que PdC foi inferior a LFV, mas quem já viu o FC Porto beneficiado em três jogos e prejudicado em dois é capaz de mistificações dignas do que apelidam de shreck, gordo e barbas...

Eu poderia destacar uma ou duas coisas, apenas, de tudo o que foi dito e fui apanhando "aos bochechos", mas nem é importante, as coisas são como são, as pessoas são o que são e, balanço geral, quem perdeu foi o empertigado MST a quem até o insuspeito Rascord reconheceu ter feito uma conversa de chá, tanto como de chacha, com o beneficiado do sistema tão combatido pelo escritor-jornalista-advogado subitamente sem achas para queimá-lo numa fogueira.

O que vale por dizer que MST, como muitos outros, após a pavorosa entrevista-intimidatória a Gonçalo Amaral (ex-PJ do caso Maddie e Joana), tem mais respeito pelas figuras venerandas e instituições sacralizadas do que por investigadores profissionais que ele se acha no direito de descredibilizar. Resta saber se MST mostrará indiferença e até desprezo por mais esta crítica unânime nos jornais como diz ter pelos blogues onde bem poderia aprender muita coisa, mas o narcisismo estava ali à frente dele, com um painel das bancadas da Luz a ofuscá-lo, e nele se reviu...

O achaque de Vieira aos "números" de Hulk são tão de autor como MST escrever no próprio dia em A Bola que esteve na inauguração do Dragão "numa noite cinzenta e chuvosa" de Novembro de 2003. Ficou com a célebre imagem do Expresso a reportar uma noite de chuva que não molhou ninguém com céu claro e apenas muito frio. Não há dúvida que nem por estar lá é digno de merecer crédito...

E um presidente bronco comentar as perdas de bola de Hulk e esquecer as três piruetas e meia a rebolar de Saviola no mano-a-mano com Eduardo é como um comentador gordo e vazio achar que Pinto da Costa devia falar de Prediger, quando o Benfica teve dois laterais de raiz que ou não jogaram sequer (Patrick) ou jogaram muito pouco (Shaffer)...

Fora algumas diferentes avaliações, pontuais, do desempenho dos presidentes, o que destaco e é unânime é o painel de sorrisos e salamaleques dos diferentes directores que acolheram os convidados. Por exemplo, em duas páginas de O Jogo vi "desfazerem-se" em mesuras o José Alberto Carvalho com Pinto da Costa, o Luís Marques com Filipe Vieira e o José António Teixeira com Ricardo Costa. Política&Comunicação, em suma. Mas nada de informação.

4 comentários:

  1. Mais uma vez assertivo, o MST é de facto um banana como entrevistador, a entrevista com o PM já fazia prever um chá das cinco com o papoila mor,

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  2. Concordo, deviam ter-me pago para ver aquilo... Novela por novela, venham as da TVI, sempre devem ter gajas boas.

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  3. Será que vamos vêr MST a entrevistar o nosso Presidente?
    Todos nôs temos lido as crónicas de MST e agora que ele teve a oportunidade de confrontar o orelhas com o que escreve fica mansinho...Afinal as pressões fazem efeito?Já agora porque é que Ricardo Costa foi entrevistado pela Ana Lourenço?
    Saudações Portistas!
    duck

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