30 setembro 2009

Falcao à Madjer quebra enguiço

Helton, Álvaro Pereira, Fucile, Rolando, Bruno Alves,Tomás Costa ( Guarin 67´), Belluschi, Raúl Meireles, Mariano ( Valeri 90´), Hulk e Falcao ( Farías 88´)

Marcadores: Falcao ( 75´) e Rolando ( 82´)

E de repente, aos 75 minutos, Falcao fez reviver, aos seus adeptos, emoções de outrora, que fora gloriosas, um calcanhar imitando Rabah Madjer, em 1987, quebrou com o enguiço e foi o inicio de uma vitória, bastante sofrida como merecida, embora o FCPorto não tivesse realizado uma grande exibição.

Era quase obrigatório vencer, perder não era aconselhável, pela importância que tem os jogos em casa nos jogos da Champions League, e ainda por cima frente ao seu adversário principal no grupo, o FCPorto não desperdiçou a oportunidade, numa partida onde experimentou de quase tudo, desde sofrer um bom bocado até ganhar com à-vontade.

Com Tomás Costa no lugar de Fernando, o jogo foi muito à imagem das partidas, frente ao mesmo adversário, da época passada, o Atlético de Madrid, desta vez a passar um mau momento na Liga espanhola, apresentou uma equipa onde se preocupava mais em fechar os caminhos da sua baliza do que tentar abrir brechas na equipa adversária.

A equipa espanhola fechou-se muito, jogando sempre com os jogadores muito próximos, sempre preocupados em tentar fazer uma teia aos jogadores ofensivos portista, Belluschi, Hulk e Falcao eram as referências atacantes em que os madrilenos nunca perderam de vista. O FCPorto até entrou relativamente bem na partida, Hulk destacava-se na frente do ataque, sempre com sinal de perigo cada vez que pegava na bola, mas o Atlético, a meio da primeira parte, equilibrou o jogo, e a equipa portista começou a perder algum fulgor, Raul Meireles, a demonstrar, mais uma vez, que este ano ainda não se encontrou com ele próprio, não conseguia dar fluidez ao seu futebol, Belluschi estava muito marcado, e a equipa ressentia-se disso.

Via-se um FCPorto com muitos passes curtos falhados, alguma displicência defensiva, e pouca irreverente no ataque. Nos últimos 5 minutos, já se viu um FCPorto a querer abrir brechas na defesa adversária, mas o domínio era apenas territorial, até porque a equipa portista pouco rematou na primeira parte.

Na segunda parte, o Atlético ainda aumentou as dificuldades do FCPorto, a equipa portista parecia estar a passar um mau bocado, muito por culpa dele próprio, era tremenda a falta de coordenação, os passes falhados pareciam erros de infantis, e a equipa parecia estar preso.

Mas foi quase necessário bater no fundo para que a partir daí, a exibição portista subiu, de que maneira, de valor qualitativo, depois do golo de Falcao, a equipa de Madrid foi obrigada a abrir, o FCPorto jogou com mais espaço e muito melhor.

Aos 82 minutos, Guarin, que entrou muito bem na partida, marcava um canto como o Raul Meireles não conseguiu durante toda a partida, Bruno Alves tem uma
grande cabeçada que leva a bola embater ao poste, e depois Rolando empurrou a bola para a baliza deserta fazendo o resultado final. Até ao fim, o FCPorto apenas trocou a bola de forma segura e inteligente não deixando sequer que o Atlético de Madrid pensasse em tentar reduzir a desvantagem.

Por último, é justo reconhecer que Fucile pôs no bolso o português mais apoiado por Portugal, sempre são 6 milhões a tentar lhe dar apoio moral, que a defesa portista em geral esteve bastante bem, e que Hulk está a jogar cada vez melhor e de forma mais inteligente, além de Falcao estar a evoluir bastante bem.

O FCPorto, com esta vitória, abriu as portas da qualificação aos oitavos de final, fazendo 6 pontos, como é sua obrigação, contra o APOEL dar-lhe-á quase o passaporte para a fase seguinte, o próximo jogo em casa, mas a maior conquista acaba por ser, tudo depende de nós, isso é o mais importante.

Em casa tem que mandar o Dragão

É perigoso considerar o At. Madrid uma equipa frágil. Não podemos analisar o adversário só pela defesa ou pelo ataque. Mas mais do que explorar eventuais fragilidades do adversário, temos de acreditar nas nossas capacidades.

O Atlético é uma equipa histórica. Participa na Liga dos Campeões por mérito próprio e compete no melhor campeonato do mundo. Pode ter demonstrado alguma debilidade, mas isso tem também a ver com a qualidade dos adversários

Esta é uma partida de grande importância, embora não seja determinante nem definitiva. Na teoria, e também na prática, o Chelsea e o Atl. Madrid são os adversários mais fortes do F.C. Porto, embora o APOEL tenha empatado em Madrid e esteja por isso também na luta." - Jesualdo Ferreira


Para que o FCPorto consiga o seu objectivo principal na Champions League, passar, pelo menos, aos oitavos de final, é quase obrigatório não perder pontos no seu estádio.


Por isso, e também porque o Atlético de Madrid é, teoricamente, o adversário mais directo na luta pelo apuramento, o jogo reveste-se de uma extrema importância para a equipa portista, não podendo se dar ao luxo de perder pontos em casa.

Jesualdo Ferreira tem que lidar com bastantes ausências, ao ponto de ter chamado Ricardo Dias, um júnior, sem Fernando, castigado, além das esperadas ausências de Varela e Rodriguez, por lesão, o treinador portista deverá voltar a chamar Guarin para o meio campo e recuar Raúl Meireles para a posição de trinco.

Espera-se uma boa casa com muito apoio
e uma grande vitória para que possamos ficar na rota dos Oitavos de final.

FCPORTO - C.ATLÉTICO DE MADRID ( 2ªJornada da Champions League Grupo D )
Estádio do Dragão, 19:45 horas
Árbitro: Nicola Rizolli





28 setembro 2009

A arbitragem, pois...

Liedson protesta, faz faltas e chuta a bola com o jogo parado que não recebe amarelo. Os "critérios de arbitragem" detectam-se quando só se trata de Hulk, cujo comportamento é visto à lupa. E o FC Porto, de novo com inúmeras queixas de Duarte Gomes, perde como o PSD: falta de firmeza e de mal explorar os factos a seu favor no palco mediático...

Passado mais um clássico, olhado agora sob a sempre controversa arbitragem porque um clube de Lisboa perdeu outra vez com o irredutível clube "do Norte", o FC Porto acaba, mais uma vez, como se tivesse ganho com favores do árbitro. A fabulástica gestão dos amarelos é esgrimida com o beneplácito de experts da contra-informação em nome do clube calimero do regime. Uma vez mais, Paulo Bento comporta-se como o menino de feitio insuportável de não saber perder e a versão de coitadinho é amparada pela ternurenta visão dos defeitos de arbitragem prejudiciais ao leão.

O Repórter SportTV que aqui retratei, com direito ao primeiro exclusivo de som (além da imagem) à saída do campo, só fez o que os outros pés de microfone, igualmente "industriados" para o fazerem por deformação profissional: abrindo o som à "indignação" leonina. E, no âmbito desta, é lógico que, no campo contrário, só poderiam questionar Raul Meireles sobre a sua não expulsão, como reclamada pelo adversário.

Nenhum repórter de pista, nenhum comentador, nenhum analista, nenhum elemento de apoio na Redacção que vê e revê os lances na tv, ninguém levantou questões pertinentes sobre os tais "critérios de arbitragem". Na onda da omissão de factos relevantes, os próprios ex-árbitros como Coroado, Rosa Santos e Rola do inconclusivo e inenarrável Tribunal de O Jogo, são sujeitos a uma selecção de lances a que parece serem alheios. Pedagogicamente, deveriam escolher lances para comentar e ensinar as Leis do Jogo nesse contexto, às vezes nem é preciso um lance polémico para passar uma boa informação. E, contudo, como experts, poderiam explicar o seguinte que escapa à análise mais comum, conveniente e polémica:

Liedson pode protestar, com veemência, junto do árbitro-auxiliar? Pois fê-lo claramente a discutir um lançamento lateral, muito visível. Será que só Hulk é passível de levar amarelo por reclamar que um guarda-redes está a retardar a reposição da bola em jogo, como em P. Ferreira?

Liedson, amiúde aqui evocado como avançado muito faltoso e às vezes com entradas perigosas e mesmo maldosas - lembram a sarrafada dada em Helton no jogo de Fevereiro, entrando aos pés do guarda-redes para o magoar e diminuir fisicamente? -, usa toques subtis para afastar os defesas, compensando a inferioridade atlética, e quando são marcadas essas faltas farta-se de protestar e às vezes leva mesmo amarelo. Desta vez não fez tantas faltas, mas que protestou imenso, ai protestou, mas notou-se alguma reacção do árbitro ou até percepção do COMPORTAMENTO INCORRECTO E REPETITIVO?

Não, não passava nada, mesmo quando Postiga, no outro lado, barafustava contra o outro "liner" por causa de um fora-de-jogo.

Entretanto, Polga fizera uma primeira falta sobre Hulk, de que resultou o 1-0. Naquela zona, perto da área, não era lance susceptível de amarelo? Duarte Gomes não mostrou. Polga fez uma segunda falta, em frente à área, mas de novo sem cartão. Acabou por levar amarelo numa falta a 30 metros da área... do FC Porto. Depois foi expulso com o lance, inequívoco, do penálti.

Fora o segundo amarelo, justíssimo, por falta feia de Miguel Veloso, com nova expulsão e invasão de campo do incontinente treinador leonino que mostra ao seu clube e ao País como o Sporting deve ser com os árbitros, tudo menos simpático, parece que só se passou uma falta de Meireles que devia, sim senhor, ter dado um segundo amarelo. O primeiro, como pode argumentar-se à moda simplex de Paulo Bento, cuja carreira de jogador se pautava por muitas faltas, saiu para Meireles à primeira falta e a meio-campo, sobre Liedson, tal como sucederia a Tomás Costa num lance em que nem falta fez e foi-lhe assinalada mão na bola quando se apoiava no chão com a mão sem a bola fugir-lhe para eventualmente ajeitá-la a seu gosto.

Não, é que além de repetidos protestos de Liedson, vimos ainda:
- Abel, já amarelado, fez uma carga feia sobre Hulk e não foi expulso;

- Moutinho pediu amarelo para Meireles ser expulso, mas só Hulk leva amarelos por pedir amarelo para o adversário - ainda ninguém viu algum jogador, além de Hulk, ser penalizado assim, pois não?

- Liedson ouve o árbitro apitar, para um fora-de-jogo, mas ainda recolhe a bola para chutá-la para longe, até entrou na baliza, mas não há muitos jogadores que escapem ao amarelo inevitável, pois não?

- Tonel agarra uma bola que lhe fugiu pela lateral, foge com ela, retarda o reatamento do jogo deixa um portista "pendurado" à espera da bola mas mais uma situação de incorrecção prevista na Lei não teve sanção disciplinar correspondente.

Dispersos, por aí, só fragmentos de acções disciplinares em que o árbitro terá ficado por punir jogadores do FC Porto. Entre quem não viu sequer nenhuma das faltas sobre Hulk cometidas por Polga, também parece que a cacetada de Miguel Veloso em Fucile não era passível de amarelo para uns quantos e o leãozinho bacoco ainda revelou que Duarte Gomes lhe pediu "desculpa" pelo cartão; e ainda li algures que até Fucile devia ter sido expulso. Fucile, como Bruno Alves, também já não pode saltar sobre Caicedo em lances que têm sido sistematicamente apitados contra o FC Porto. Mesmo a Tomás Costa era reclamada uma expulsão, porque isto é mesmo a pedido...

Mas o FC Porto não reage. Com meios para tal , infelizmente não vai elencar estas situações de amarelos por mostrar a vários adversários e denunciar o que são "critérios de arbitragem". Como o PSD sem explorar os factos fracos da governação socrática e tantos rabos de palha do PM feitos "por outro lado", o FC Porto não convence no plano mediático sabendo que, por democracia asfixiante no sector, não tem as simpatias, não é digno de imparcialidade e também não se sabe defender quando mais é pisado, vexado, bombardeado.

Por mim, no pouco que posso, nunca passarão em claro branqueamentos de arbitragens e os adeptos adversários confirmam que mesmo a ganhar há portistas que têm razões de queixa, como sempre tivemos: não só da "memória selectiva" de paineleiros e perdigueiros da opinião, mas dos lances em concreto que deixam impunes Benfica e Sporting de forma sistemática, para ganharem relevo ass queixas contra Bruno Alves ou Hulk. E evito voltar a falar dos recursos do plantel leonino e das substituições sem ambição nem dimensão de Paulo Bento.

Procurei imagens por aí mas não vi resumos com os lances que identifico. Se alguém puder, que os envie. Se os calimeros desejarem contestar, pois mostrem as imagens e pergunte-se se tantos e tantos cartões não ficaram por mostrar ao Sporting.

act.: Os programas da noite de aborrecimento desportivo não mostraram qualquer imagem que pudesse penalizar o zborden. Pois...

26 setembro 2009

Imaginem o profe a fazer as substituições do Paulo Bento...


Porquê o Tomás Costa em vez do Guarín?


Repórter SportTV












Porque não voltou Hulk a marcar o penálti?


Quem falou no final sobre critérios de arbitragem?


Farto destes gajos!!!




Até quando conspurcarão mais o futebol?!

Falcao também sabe voar sobre os centrais

FCPORTO 1 - 0 SPORTING CP
Marcadores: Falcao ( 3')

Equipa: Hélton, Fucile, Álvaro, Bruno Alves, Rolando, Fernando, Raúl Meireles ( Valeri 83'), Belluschi, Mariano ( Tomás Costa 70´), Hulk e Falcao ( Farías 78').

Já é quase tradição, mais ou menos como as desculpas de mau perdedor vindas dos lados de Alvalade, provou-se, mais uma vez, que, depois de uma derrota, nada melhor do que jogar contra o Sporting para que a viragem do FCPorto rumo às vitórias aconteça.

O FCPorto voltou a vencer, numa partida onde teve várias oportunidades para acabar com as esperanças sportinguistas, mas que, quase incompreensivelmente, acabou em sofrimento e a defender com unhas e dentes uma vantagem mais do que justa.

Com a equipa esperada, o regresso de Belluschi e de Mariano à titularidade, o FCPorto entrou de forma avassaladora, Hulk, que fez uma grande exibição mostrando que é este Hulk que a equipa precisa, entrava endiabrado pela defesa do Sporting dava a bola a Falcao mas este rematou froxo para as mãos de Rui Patrício.

Quase no minuto seguinte, Hulk sofre falta, Belluschi, que diferença entre o argentino e Raúl Meireles a marcar livres e cantos, coloca a bola com classe para o meio, onde aparece de rompante o colombiano Falcao não dá hipóteses ao guarda-redes sportinguista.

O FCPorto entrava de forma electrizante, com Hulk endiabrado, remetendo o seu adversário para a defesa, defesa essa que tremia sempre que se apanhava com os jogadores portistas na frente.

O meio campo do FCPorto funcionava bem, o futebol fluía com rapidez e com clareza, o adversário tinha sido completamente amarrado e apenas tentava criar perigo em lances de bola parada.

O Sporting a jogar sempre da mesma maneira, pontapé para a frente e à sorte, tentando arrancar faltas de todas as maneiras e quando não era possível, protestavam com o árbitro, comportando-se como meninos mimados a quem lhe roubavam o brinquedo, confesso é a equipa que mais me irrita ver jogar.

Na primeira parte, o FCPorto ainda criou algumas oportunidades de golo, Hulk sempre em destaque, Belluschi a pautar o jogo com classe no meio campo, Falcao a demonstrar garra e talento, apenas destoavam Raul Meireles, mais uma vez, parecendo perdido querendo fazer tudo ao mesmo tempo e Mariano, embora tacticamente bem mas quando a bola vinha para os pés não lhe dava o melhor seguimento.

Na segunda parte, o FCPorto entrou na mesma, dominador, um pouco à imagem do que fez na 2ª parte, até que aos 52 minutos,Hulk sofreu uma falta na grande área, Polga é expulso, mas o colombiano Falcao permitiu a defesa de Rui Patricio.

Aquilo que poderia ser “a morte” do jogo, tornou-se num momento de uma incompreensível apatia portista, a equipa quase que ofereceu o domínio da partida ao adversário, e com isso passou por alguns momentos de aflição .

A equipa recuou bastante, Jesualdo Ferreira tirava Mariano para dar lugar a Tomás Costa, posteriormente Falcao teve que dar o lugar a Farías, mas a equipa portista não conseguia esticar o seu jogo.

Pareceu-me uma equipa demasiada presa psicologicamente, acredito que com as vitórias tudo se desanuviará, mas senti que a equipa tinha receio de arriscar, era um jogo onde apenas a vitória interessava e o FCPorto quando se viu a jogar contra 10, foi uma equipa receosa de si própria e que preferiu defender o resultado, ao invés de ter arrumado logo a partida. Os assobios vindos da bancada não ajudavam, mas a equipa não se soltou o quanto deveria fazer a partir do penalty falhado.

O que interessava era mesmo a vitória, isso foi conseguido, o FCPorto continua a ser uma equipa em construção e não se poderá queimar etapas do seu desenvolvimento, agora venha um Atlético de Madrid em crise de resultados o que é sempre perigoso. Quanto ao campeonato, demonstramos que estamos na luta.

Pagar a factura contra o cliente habitual

Sempre acreditamos no nosso trabalho, somos muito fortes nessas questões. Temos de ultrapassar o tempo de apropriação de questões tácticas, de questões essenciais. Estamos ainda longe da equipa que queremos formar. Às vezes, uma derrota acelera esse processo. Nas dificuldades, ainda há maior disponibilidade. Estou seguro que vai acontecer assim.

É ideal porque é o próximo. E sobre os últimos jogos, vamos ver se nos entendemos… o FC Porto não perdeu dois jogos seguidos na Champions ou no campeonato. Perdeu dois jogos em duas competições diferentes. O FC Porto vem de uma derrota em Braga e tem o Sporting a seguir. Uma coisa de cada vez.

«Acho que convivo bem com as críticas. Algumas provocam-me sorrisos, outras desprezo e outras não consigo entender. Mas há factores subjacentes. É neste quadro que vivo e vou continuar a viver.

No sábado, em Braga, o Hulk foi penalizado com um cartão amarelo no início de uma jogada ofensiva. Espero que nunca mais haja simulações no meio-campo. Vamos estar atentos e vamos encontrar razões para que os critérios não sejam os mesmos. Não discuto arbitragem, discuto critérios. Espero que o senhor Duarte Gomes não seja condicionado como o Hulk foi no jogo com o Braga. Ninguém tem de ser pressionado. O Vítor Pereira entendeu que devia ser este o árbitro. Tudo o que for dito a seguir é pressão. E eu não entro em pressão. Só falo em critérios. Vamos ver o que se está a passar nas grandes penalidades, por exemplo. As pessoas tem de estar atentas e eu vou estar atento. " Jesualdo Ferreira

Para esquecer duas derrotas seguidas, embora para competições diferentes, nada como receber um cliente fiel que não se importa de pagar as facturas das derrotas portistas.

Mourinho iniciou, e os restantes treinadores confirmaram, o Sporting é a equipa ideal para dar a volta aos acontecimentos negativos, o ano passado numa das piores alturas da época, foi em Alvalade que se começou a ver alguma mudança positiva na equipa, este ano espera-se o mesmo filme.

Na equipa, sem Varela e Rodriguez lesionados, a aposta inicial deverá recair em Mariano Gonzalez, em alternativa, embora muito remota , será a mudança de táctica e o FCPorto actuar em 4x4x2, com Tomás Costa no meio campo Belluschi a nº 10 e Hulk, com a maior dúvida passar para o seu companheiro se Falcao ou Farías.

Ganhar é preciso até para não perder em vista o 1º lugar, visto que o seu maior adversário, o sp. De Braga, venceu em Olhão.

FCPORTO - SPORTING CP ( 6ª Jornada da Liga Sagres)

19:15 horas, Sportv 1

Estádio do Dragão

Árbitro: Duarte Gomes ( AF Lisboa )


25 setembro 2009

A lavagem de Hulk tem condicionador

O "Incrível" está diferente, mas como mudou para "Enigma"? O FC Porto ajuda-o ou nem o protege? Para falar de Duarte Gomes e o seu passado conflituoso com os dragões, Jesualdo precisa de lembrar Pedro Proença? Mais uma vez, tal como sucedeu com o inefável Xistra, o FC Porto é reactivo, não pró-activo.

Que Hulk está diferente, está, eu temia-o e reparei logo que, no regresso frente ao Leixões, não era o mesmo jogador. A inacreditável expulsão de Paços de Ferreira, por intermédio do critério selectivo do Factor X(istra), teve efeitos, mas não em favor do FC Porto. E tenho dúvidas que o FC Porto o tenha ajudado ou mesmo protegido, porque do exterior não podem os dragões contar com benefício, simpatia nem empatia.

Neste assunto queria evitar criticar "para dentro", mas não consigo só dizer o que sinto, como o fiz em defesa de Hulk após a absurda expulsão da Mata Real na 1ª jornada, aqui, aqui e aqui. Então, conheceu-se por causa desse episódio o pior do "entorno" do futebol português, amedrontando o jogador cujas invulgares características físicas mais o tornariam símbolo de um campeonato em que pouco se distingue entre o bom e o mau e necessita de uma referência que concite a atenção do mercado estrangeiro em vez de aludidos interesses mediáticos em ídolos de pés de barro. E o pior disto são árbitros péssimos, adversários fiteiros e prevaricadores impunes e críticos de meia tigela com uma moral duvidosa e credibilidade questionável.

A verdade é que pressenti Hulk diferente frente ao Leixões, cumprido o castigo ante Nacional e Naval. Não só em temperamento, aquela garra de vencer cada lance, com a bola nele ou no adversário que pressiona imediatamente; mas na própria participação no jogo e disso também dei conta quanto à falta de passes em profundidade para ele acorrer ao espaço ganhando na velocidade ao defesa de marcação. Curiosamente, ao atrair o seu marcador directo para longe da área, permitiu a subida de Álvaro na jogada do 1-0. Mas meter a bola em Hulk, ao invés, onde é mais perigoso e até imbatível, pois a equipa não funcionou para ele e em Braga idem.


"Amansado" querem-no os adversários
Entretanto, depois da expulsão, salvo raras e honrosas excepções, alguns portistas não se coibiram de criticá-lo, em vez de assestarem a sua atenção nas decisões miseráveis e selectivas do imbecil Carlos Xistra, sempre com pesos e medidas diferentes a nível disciplinar. Complementando, o FC Porto não o defendeu e deixou passar a ideia de uma forte reprimenda. O resultado terá sido o "tiro pela culatra", em prejuizo da equipa quando era suposto que a favorecesse. Mas o FC Porto calcula sempre mal os efeitos das suas medidas internas na opinião pública e mesmo na que se publica. Aparentemente, Hulk sairia "amansado" por uma lição de moral, em nome de um "jogo colectivo" e aproveitamento interno, quiçá em nome de uma ingénua pacificação ddo futebol português e até como exemplo de ética e saber estar a seguir por adversários.

Hulk, de facto, "amansou": perdeu a sua impetuosidade, desligou-se mais do jogo, tornou-se a vítima, o cordeiro, que todos queriam; os portistas para ele não incorrer mais na selectividade disciplinar criteriosa dos árbitros que não protegem os jogadores criativos ante trauliteiros impunes a quem amiúde são contadas pelos dedos uma, duas, três faltas quando não mesmo aquele gesto de abrir os braços e dizer que "bater mais não"...; e os adversários porque, zombando até da cláusula que alegadamente foi criada para dar conta da dimensão extraordinária deste valor no mercado, viram o tetracampeão esvaziar o seu elemento com mais potencial desequilibrador.

A verdade é que Hulk praticamente desapareceu, por si, a par de um processo de jogo da equipa que o desfavorece. Hulk, de resto, em Braga passou por jogar mal quando as bolas nem lhe eram metidas para aproveitar as suas características. Idem, aliás, com Falcao. Recebê-la de frente, longe da área, com um opositor nas costas pronto a agarrar ou bater não é adequado. Não sei se o treinador permitirá que tal prossiga: se assim for, o resultado será o mesmo vazio de conteúdo e uma desvalorização e inutilidade tão extraordinárias como o montante do valor de mercado que lhe fixaram; se mudar algo que estimule e faça redescobrir o melhor de Hulk, então a forma e a substância fará voltar a verem-se coisas incríveis do Givanildo, a fugir aos defesas que o temem e a fazer os adeptos levantarem-se nas bancadas.

Mas, ontem mesmo, Jesualdo vem falar de "lavagem" a Hulk. Que sofreu uma carga de João Pereira e aguentou, foi para a área e acabou empurrado, era penálti. Jesualdo, confessa, temeu que Hulk pagasse por alegada simulação sem que, diz, o árbitro tenha marcado a falta (agarrrão) fora da área, quando a falta a marcar é a mais grave e essa aconteceu na área, para penálti, mas nem o FC Porto assim o considera nem os seus adeptos mais mediáticos o proclamaram. O que é óbvio, é que ninguém defende o Hulk, pois mesmo o alerta da véspera dos jogos não surtiu efeito nem dele a pedir prrotecção dos árbitros nem de Jesualdo.

Por isso, no final e em directo na tv, em vez de conferências gravadas para o dia seguinte, é que causa mais impacto, devem dizer-se logo as verdades e apontar as faltas, o que não foi feito ainda. O que, afinal, talvez explique o desabafo do rapaz em Braga: "Estão a querer prejudicar-me".

Os critérios, dos árbitros e de Paulo Bento
Ninguém deu importância a isto e o FC Porto, que põe Hulk na montra com 100 milhões à cabeça, deixa correr o marfim, pedindo só que os critérios sejam iguais para todos, como se alguma vez isso fosse praticado - e Lisandro, por exemplo, não tivesse acumulado 4 amarelos em 6 jornadas iniciais da época passada -, por árbitros ou por críticos (im)parciais.

Basta lembrar - depois da perseguição infame em Guimarães com toda a impunidade do Factor X(istra) e que o FC Porto também não denunciou logo no final do jogo de viva voz e em directo (só antes do jogo seguinte), -a reacção de Paulo Bento, o chico-esperto que sábado terá como primeira preocupação não deixar Hulk pôr pé em ramo verde.

Penáltis em P. Ferreira e em Braga por marcar
Aliás, a talhe de foice lembro, ainda, que o penálti provocado por Álvaro sobre Alan não foi diferente do que Kelly protagonizou, precisamente na 1ª jornada, ao agarrar Farias na área, no lance em que Belluschi, na sobra, remata à barra. Pois até para o FC Porto passaram sem nota de reclamação um penálti a seu favor em P. Ferreira e outro em Braga. Para quê preocuparem-se com inimigos que sonegam penáltis a favor do Porto? Nem vale a pena um fogacho ou labareda, só para falar de costumes e de escritos pessoais de um ou outro pasquineiro invertebrado. Ou, pior, falar das opções de mercado desaproveitadas dos rivais e não olhar para as suas...

Neste preâmbulo, onde tudo deve ser esmiuçado como está de moda até para qualquer gato pintado, não sei onde começa a capacidade do FC Porto em fazer o melhor para Hulk ou é razoável a ideia a transmitir como para sossegar a sociedade da bola de que o seu rapaz traquina está definitivamente domesticado, com perda do seu espírito guerreiro que luta pelas bolas todas e não faz menos faltas ofensivas do que Liedson (sempre elogiado por isso), como se à turba ululante interesse mais este aspecto do que o receio que Hulk justamente lhes infundia.

Jesualdo, a quem faço mais reparos pelo tipo de discurso sem agressividade (lembram-se do que falei, aqui, sobre os "mind games" por altura da recepção ao Benfica em Fevereiro?) do que pelas opções de banco que toma e não me passam sequer ao lado como apontei em Braga, voltou a dirigir mal a atenção na conferência de ontem.

Para falar de árbitros condicionarem os jogadores do FC Porto, como acusa Pedro Proença de ter feito, não precisa de desculpar Duarte Gomes por senti-lo "pressionado" pelo Sporting. Duarte Gomes tem já um longo historial de conflitualidade arbitral com o FC Porto, lembrando a última passagem pelo Dragão (com o Marítimo, em Dezembro) e o amarelo a Fucile no Restelo logo a seguir (Janeiro), tudo bem ao nível rasteiro de Lucílio Baptista e de Carlos Xistra ou João Ferreira, árbitros da infame categoria de apitarem por interesse e segundo sentido, o que vulgarmente se chama uma arbitragem tipo filho da puta.

Aliás, o FC Porto parece dirigir tão mal a sua comunicação em alusão a árbitros que só reage, não é activo. Caso o fosse, tinha alertado antes para a nomeação de Xistra para a Mata Real, escusando de queixar-se depois do leite derramado. E não ataca directamente o problema Duarte Gomes, apontando envergonhadamente para de Alvalade sentir-se a pressão não declarada mas amplificada pela Imprensa do regime.

Mais: Jesualdo lembrou ontem a suspensão de Lisandro por simulação, uma acção ofensiva, formal e declarada do Benfica e seus acólitos que agora espalham o espírito da Lei XII para justificarem o penálti inexistente de Leiria. Mas devia ser a SAD a tomar uma posição denunciadora à Liga sobre a simulação de Aimar, em vez do folclórico pedido da semana passada para se averiguar a razão de o delegado ao Benfica-Nacional ter omitido factos graves do túnel da Luz no seu relatório.

Já vi adeptos portistas enfurecerem-se por menos e muitos incapazes de raciocinarem por si próprios até entenderem as falhas da SAD...

Hulk deixou de ser "Incrível" e passou a ser "Enigma". O FC Porto ganhará alguma coisa com o segundo epíteto? Parece que o "condionamento" junto à "lavagem" fez o "2 em 1" ao contrário do esperado: o jogador perdeu a sua "alma" e a equipa joga mal para ele, pior do que ele joga mal para a equipa como alguns portistas teimam em ver, também "condicionados" pela ideia de ele ser o salvador que nem é sequer protegido...

Naturalmente, Hulk e o FC Porto terão de dar uma resposta, sob pressão, agora frente ao Sporting que, como comprovou da última vez no Dragão, sabe como conter o ímpeto de Hulk: defender a pé fixo, juntar linhas para cortar-lhe espaços se não as pernas, pois malhar forte e feio é usual nos leões com a complacência dos árbitros e o feitio, estranho, de os próprios portistas condenarem mais a vítima que o prevaricador.

Jesualdo pode ter resolvido a (sua) dúvida entre Rodriguez e Varela pela lesão deste, como aqui alertei esta semana. Vai evitar o erro de casting de Guarín num jogo para assumir sem rebuços e preferir Belluschi. Mas terá sempre o "Enigma" Hulk para decifrar. Aí é que o professor dirá de sua justiça e, já agora, competência.

Muitos adeptos e bloguistas irão confiar que tudo vai correr bem sem identificarem o mal. Depois, actuarão em conformidade, sendo reactivos num defeito que já afecta o clube.

23 setembro 2009

A avaliação do profe ao Benfica


O FC Porto jogou contra equipas de estatuto europeu e o Benfica contra equipas da segunda metade da tabela da época passada. Que termos de comparação pode haver e que agitação pode causar?


Fiquei estupefacto, na semana passada, com a avaliação que Jesualdo Ferreira fez ao Benfica. Registei-o na caixa de comentários de antevisão ao jogo de Braga, supostamente a única preocupação do professor e que o jogo viria a confirmar ser uma dor de cabeça séria. Mas Jesualdo distrai-se com coisas sem importância e se não percebeu a casca de banana as manchetes de sábado provavam-lhe que alggo que se diga sobre o Benfica é empolado. Também ninguém o aconselhou a evitar o assunto e, o que é certo, é que nem poderia haver termos de comparação entre o FC Porto e o Benfica agora, sem terem sequer defrontado um mesmo adversário esta época, muito menos os objectos de análise em termos de resultados são fiáveis, como se vê a seguir:

Clas. 2008-2009 Clas. 2009-2010
1º FC Porto 70 pts. 1º Braga 15pts.
2º Sporting 66 pts. 2º Benfica 13 pts.
3º Benfica 59 pts. 3º FC Porto 10 pts.
4º Nacional 52 pts. 4º Sporting 10 pts.
5º Braga 50 pts. 5º Rio Ave 9 pts.
6º Leixões 45 pts. 6º Leiria 6 pts.
7º Académica 39 p. 7º Olhanense 6 pts.
8º Guimarães 38 p 8º Leixões 5 pts.
9º Marítimo 37 pt. 9º Nacional 5 pts.
10º P. Ferreira 34 10º Marítimo 5 pts.
11º E. Amadora 31 11º Belenenses 5 pts.
12º Rio Ave 30 p. 12º Guimarães 5
13º Naval 29 pts. 13º P. Ferreira 4
14ºSetúbal 26 pts. 14º Setúbal 4
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15º Belenenses 24. 15º Académica 2
16º Trofense 23 p. 16º Naval 1

Esta época, o FC Porto defrontou
P. Ferrreira, 10º da época passada mas finalista da Taça e apurado para a Europa
Nacional, 4º da época passada e apurado para a Liga Europa
Naval, 13º da época passada
Leixões, 6º da época passada em que foi protagonista na 1ª volta
Braga, 5º da época passada, apurado para a Europa e único só com vitórias agora

E o Benfica defrontou
Marítimo, 9º da época passada
Guimarães, 8º da época passada
Belenenses, 15º despromovido, só repescado na secretaria (em vez do E. Amadora)
Setúbal, 14º da época passada evitando a descida na última jornada
Leiria, 2º da Liga de Honra e promovido esta época à I Liga

Ora, o FC Porto defrontou equipas de estatuto europeu, não adversários de segundo plano. A única excepção será a Naval, que ficou na 2ª metade da tabela que forneceu, esta época, quase todos os adversários do Benfica.
Porra, se há diferenças são estas.
Mesmo que se ousasse uma avaliação à qualidade de jogo, ela teria de ser feita, no Benfica, não este momento com o final da época passada, mas este momento com momnto idêntico correspondente a esta fase há um ano.
Além dos histriónicos elogios ao Benfica há um ano, com o Aimar deslumbrante, o Reyes para todas as festas e o Quique cheio de floreados como se estivesse num altar jesuita, o frenesim à volta do Benfica era o de agora. Eram os adeptos extasiados com a eliminação, feliz, ddo Nápoles e aquele cabotino director do Rascord a fazer o maior broche literário de um putativo jornalista à capacidade de Quique pôr a equipa a jogar.
Mas não só, o deslumbramento atingiu a vaga de paineleiros e ouvi dizer que não só o Yebdá era uma coisa do outro mundo como até o famoso Binya revelava qualidades antes escondidas, tudo claro graças ao técnico espanhol e, também ele, sob as graças do ex-jogador que dominava o mercado, Rui Costa, tão incensado como os protagonistas no campo e no banco.
Agora que se viu o Benfica incapaz para além da extensão e cobrança das faltas para golos de bola parada, frente ao recém-promovido Leiria só abatido por um penálti inexistente, a intuição do árrbitro benfiquista de Lordelo e a cegueira do Ramalho que levou o cachaço na Luz, hoje nenhum sem coragem de deixar o Benfica no seu lugar, é bom que se atente na qualidade dos opositores que o calendário lhes propiciou. E, apesar do alarido, tal como há um ano nem sequer chegaram ao 1º lugar.
E era e tem de ser sempre o 1º lugar no topo das preocupações do professor Jesualdo Ferreira. O FC Porto, com um percurso sem envergonhar alguém inclusive em compita europeia com o Chelsea que soma vitórias em Inglaterra e não com equipas secundárias da Ucrânia e Bielorrússia, de resto vai completar com o Sporting o lote de "Portugueses na Europa" desta época. Ficará lá mais para a frente, precisamente, só o Benfica, é deixá-lo pousar...

22 setembro 2009

Outro roubo, a procissão saiu do adro

ACT.
Triloggia da obsessão, em nome do Pai, do Filho e do Espírrito Santo







Um penálti inventado em Alvalade, outro a pedido mas inexistente. Que árbitro resiste à pressão do recreativo e do desportivo? Os andores saíram da igreja, as beatas zelarão para que não os belisquem. A asfixia democrática dos pasquinácios desportivos garante o cumprimento incólume da cerimónia de entronização
Só hoje vi as imagens e, obviamente, não deixo passar em claro. Mais um jogo desvirtuado grosseiramente, mais um penálti a ajudar um clube lisbonense. No domingo foi o desportivo, ontem o recreativo. É assim, os árbitros têm uma missão muito difícil mas deviam saber -- já é tempo disso até por terem acompanhamento psicológico e técnico, uma boa experiência e exemplos do que devem ou não fazer -- que só se deve marcar um penálti com certeza absoluta.
O árbitro é o juiz de campo e como um juiz num julgamento só deve aplicar a pena máxima na posse de todos os dados, para ser inatacável e justa a sua decisão. O penálti é precisamente chamado o castigo máximo, mas este pode ser também uma expulsão e só com certeza absoluta de uma infracção muito grave deve ser aplicada pena ccorrespondente prevista nas leis do jogo.
Mas os árbitros portugueses não aguentam a pressão. E, ciclicamente, lá cedem aos gritos do público, aos jogadores de braços levantados a pedir falta e amarelo e sem receberem o que hoje está previsto de um cartão amarelo que pelos vistos é só para o Hulk.
É assim e já tardava, na Liga do taberneiro. Como os clubes da capital são beneficiados grosseiramente, a Imprensa do regime cala-se. Não é isto sintoma da asfixia democrática? O silenciamento das barbaridades acabará, decerto, quando o FC Porto eventualmente beneficiar de um penálti ou um golo irregular. Aí a Imprensa do nível mais rasteiro começará a contabilidade dos "prós&contras".
A vantagem deste post é que, ao contrário dos benfientos que enxameiam o País e desgraçam a sua reputação e alguma salubridade social e política, por aqui não pululam adeptos dos calimeros e vamos ter uma sessão sossegada, sem fúria avermelhada a ditar que sentinela esteja alerta.
Esclareço, já agora, que o penálti reclamado por mão de Miguel Garcia não existe: é ressalto de bola no poste que vai à mão e esse desvio involuntário não retira a nenhum sportinguista a possibilidade de marcar. Quanto ao penálti assinalado, foi bola no peito e Rui Costa, como Jorge Sousa em Leiria, apitou por dedução - não viu - e sob pressão. Veremos se o invisível Vítor Pereira os afastará, hoje é dia de nomeações e sábado há Porto-Sporting.
Há medo dos árbitros quanto ao reflexo que as suas decisões podem ter nas capas dos pasquins desportivos. Se assinalarem a favor dos clubes do regime, diminuem os seus receios de serem massacrados. Podem até ser elogiados.
Parece que o árbitro foi pedir desculpa ao Jorge Costa no final. Imagino que as capas dos pasquins não falem de mais um roubo. E, portanto, a procissão saiu do adro e os andores são levados ao colo, as beatas não os beliscarão e a cerimónia de entronização do embuste decorrerá com o complacente silêncio dos correios evangelizadores.
p.s. - grandes golos de Rabiola e Castro, que só vi no resumo desta manhã. Ouço dizer que o Olhanense - a que chamarão a nova equipa B do FC Porto, zombando e denegrindo sem atentarem na qualidade futebolística que só abrilhantará a Liga da treta - portou-se bem e jogou para ganhar. Ainda bem, vi a U. Leiria no domingo e gostei muito, parabéns aos clubes promovidos, em contraponto a outros que evitaram a descida ou à rasca ou na secretaria.

20 setembro 2009

Ó profe, faça contas e desfaça dúvidas!


Inferioridade do meio-campo em Braga agravada com as substituições: um 4x3x3 incapaz ofensivamente e um 4x2x4 sem nexo ainda com 0-0. É o que dá andar a pensar noutras coisas...

Jesualdo Ferreira afundou a equipa em Braga. E, um ano depois, revela ter dúvidas. Agora não é o trinco, põe o Guarín, tira o Fernando, experimenta o Tomás Costa, adapta o Meireles, troca de laterais, enfim o forrobodó que se viu e aqui se comentou. Incapaz de fazer contas simples de somar e subtrair, o profe deu barraca em Braga e 10 meses depois volta às derrotas internas com um jogo globalmente mau que o golo fortuito de Alan e as defesas apertadas de Eduardo, mais o autogolo de João Pereira evitado miraculosamente, juntando as oportunidades sobre o gong de Farias, agravaram.

Preocupado, de forma incauta (mas logo explorada pela Imprensa para o destaque, como se comparativamente seja possível fazê-lo nesta altura em que Porto e Benfica nem sequer jogaram contra o mesmo adversário nem sequer o mesmo tipo de adversários!), sobre quem joga mais entre os segundos classificados, na véspera de visitar o líder merecido e incontestado em Braga, Jesualdo deu nota de andar com a cabeça no ar. Fiz aqui o reparo, na caixa de comentários do lançamento do jogo, no sábado. E analisei a partida, descrente e incrédulo com o que via, tal como em Outubro do ano passado.

Então, com 3 contra 4 (às vezes 5) no meio-campo, sem um homem de vocação ofensiva e mestre no passe, tendo em conta a forma decrépita de Raul Meireles, o treinador do Porto, com 0-0, faz troca directa de avançado-centro (Farias por Falcao) e tira o médio teoricamente mais "forte" e titulado (Meireles) para meter um nº 10 de camisola a jogar atrás da linha avançada? Deixando só 2 no meio-campo (Fernando e Guarín)? E com 0-0? Isto faz o Paulo Bento, a perder e só nos 10 minutos finais! O Paulo Bento que vem aí com outro meio-campo povoado, para partir pedra e derrrubar tudo e todos caso seja João Ferreira e repetir a arbitragem do Porto-Sporting da época passada...

Jesualdo diminuiu a equipa em vocação ofensiva. Metendo a linha alargada de três, e nada contra isso, com Varela e Hulk nos flancos e Falcao na área, com quantos homens se chegava à baliza do Braga?

Se o FC Porto, na época passada de muita indecisão orientadora e imprecisão de passes e ideias, chegava com muita gente à área, porque não o faz esta época? Fez na 1ª parte com o Leixões, no pressing forte com o Nacional. E pouco mais.

Um treinador é um cozinheiro: tem de saber juntar os ingredientes nas quantidades certas, escolhendo-os, preferindo a qualidade, juntando as misturas correctas para a receita sair bem. Jesualdo não fez isso. Com a entrada de Guarín houve mais tracção atrás e com a entrada de Rodriguez, deixando Belluschi no banco, atafulhou o ataque - e ainda faltava mandar Bruno Alves para a frente, para expiar o velho pecado de não ter um matulão na área como aqui, amiúde, foi lembrado ao longo destes anos e o caso Adriano foi paradigmático nesta tese do abandono da solução de recurso que teimosamente se descurou para precipitadamente se fazer lembrar o que faz falta.

Mas não é só questão de contas de somar ou de sumir. A equipa tinha Guarín para um jogo que, ao contrário das características do de Chelsea, pedia um FC Porto forte na transposição ofensiva de forma mais continuada e sustentada, obviamente com Belluschi que foi contratado para fazer de Lucho, quando muito, e é um "armador" ofensivio.

O problema é que Jesualdo está assaltado por dúvidas. Não as mesmas de há um ano, mas de índole semelhante.

Na equipa, não sabe se, tendo Falcao (ou mesmo Farias a titular) e Hulk praticamente obrigatórios de início, mete Roddriguez ou Varela. Recorde-se que, a despeito das dicas da pré-época e mesmo da Supertaça, em Paços apareceu o uruguaio em vez do mulatinho que tão boa conta deu de si. Parece que ninguém se surpreendeu. E em Chelsea, a despeito de se clamar por peso e experiência no onze, entrou Varela e Rodriguez só a perder.
É nestas indecisões que Jesualdo se baralha. E baralha alguns analistas que vêem superficialmente e rotulam de mais ou menos defensivo, arrrojado ou corajoso/medroso consoante o número de jogadores na frente e não por quem tem de pautar o jogo no meio e chegar à frente. Não se usam os mesmos ingredientes para receitas diferentes. Guarín foi surpresa total em Londres, eu fiquei chocado mas o jogo revelou que o conjunto portou-se bem e ele também. Alguns podem discordar e bater a tecla de sempre do "prroessor meddroso".
Mas jogar com o Chelsea não é jogar em Braga. Ponto final. E um meio-campo com Guarín, Meireles e Fernando, mais Hulk pouco dado a defender e Varela que não pode fazer o corredor todo em 90 minutos, é de um cariz competitivo bisonho, especialmente se do outro lado há Guerreiros do Minho que aos dois médios-centrais Vandinho e Hugo Viana, junta jogadores de vaivém constante como Mossoró e Alan, além de Paulo César também recuar a defender e tapar Fucile, por exemplo.

Se o Porto passou a 1ª parte a tentar subir sem conseguir, expondo-se com a imprecisão dos passes que agrava a posse de bola e revela a falta de coordenação no sector onde as peças não estão em su sitio, com a descompensação das substituições, de uma assentada e assim tão raro, a quebra foi total. Isto apesar do assalto final, desesperado, que merecia outra sorte mas, também como há um ano, a fortuna não tem acompanhado a equipa que podia não ter vencido mas evitaria a derrota nestes últtimos jogos.
Sobre outros aspectos das "desatenções" de Jesualdo tratarei por estes dias. Até sábado, porque há o Sporting que vai colocar os mesmos problemas defensivos/ofensivos e em que já não é só o ponto de equilíbrio de Fernando no colectivo a aguentar o barco. É se joga Belluschi ou Guarín, é se joga Mariano ou Varela. Depois entram as birras particulares dos adeptos, que não suportam as de Jesualdo quando teima em Mariano e, agora, Guarin.

Há três anos que coloco a questão assim, tacticamente: contra o perfil de jogo retranqueiro em Portugal, assumamo-lo, equipas em 4x4x2, com ou sem losango mas que sejam coesas no meio-campo sem se aventurarem e esperando cometer poucos erros para aproveitar sagazmente um do adversário, o FC Porto tem muitas dificuldades. Teve-as com Paulo Assunção e Quaresma, teve-as com Lucho e Lisandro, terá agora também.

Há quem queira "atirar a questão" para a área e aluda à falta de um avançado corpulento e valentão para quem lançar a bola. Uma falsa questão que a intervenção no mercado por parte do FC Porto esclareceu: apesar de episodicamente meter-se a torre Bruno Alves, como no sábado, lá na frente, o futebol portista não vai por aí. Veja-se que, salvo a "bola para o monte" no final a dar duas ocasiões para empatar, praticamente a bola não chegou jogável. A equipa alargou o campo, mas nenhum flanqueador foi ao fundo cruzar. Isto é um bambúrrio mais característico do Benfica e do Sporting nos últimos anos. O FC Porto assumiu, tem nos seus genes, que não joga assim.

Agora, se vamos para o "chuveirinho", porque não acabar com Falcao e Farias, como noutros jogos deste início de época até em função de testar o 4x4x2? Em Braga coube só um na área, Hulk e Varela nos flancos e Rodriguez a 10? Foi atabalhoamento táctico e isso não abona em nada o trabalho do treinador.
De volta ao 4x4x2 e ao 4x3x3, Jesualdo regozijou-se por o Barcelona ter sido campeão europeu também (e em tudo) neste sistema. Raro, mas e também por isso, belo, e simples. Não é especulativo, é honesto e aberto, positivo. Na entrevista de final de época a O Jogo, Jesualdo quis zombar com os experts que advogam outros estilos e capricham em elogiar outros sistemas mais negativistas. O Sporting tem um deles, a que junta um futebol pior que cuspir na sopa, por um técnico que sabe a música nesse tom só e pinta a tela em tom esquálido, apadrinhado pelo tónico nacional-porreirista do coitadinho que é pobrezinho.

O Barça, acabado de dar um baile de bola ao Inter de Mourinho refugiado no 4x4x2, é um caso de sucesso à parte, dada a superior categoria dos seus jogadores e o entendimento e justa mistura de ingredientes que fez o Inter "retrancar" em casa, escapando por sorte a uma goleada.

Jesualdo não tem jogadores para usar o 4x3x3 frente ao Chelsea. Daí usa o Mariano, o Guarín para equilibrar as peças numericamente. Em Portugal, com certos adversários, seria avisado fazer isso e na Luz e em Alvalade Jesualdo usou. Mas há que ter os ingredientes certos para a mistura sair correcta e a receita aprimorada. Aposto que a discussão até sábado irá centrar-se aí, mais Mariano menos Guarin, mais Belluschi e menos Rodriguez. Sendo que, além do equilíbrio de Fernando, a fiabilidade de Raul Meireles ajudaria se não andasse ultimamente pouco profícuo.

Jesualdo só fez crescer estas dúvidas para este Setembro que pode copiar o Outubro do ano passado em que Hulk era lançado com parcimónia, Rodriguez não desenvolvia jogo e até Pelé passsou por trinco (na Naval)...

(continua, com outros tópicos: Benfica e Hulk)

O primeiro roubo!


O primeiro roubo!

ACT.


a foto até está no site da Liga das escandaleiras.

19 setembro 2009

Um verdadeiro passo atrás

Braga SC 1 - 0 FCPorto ( 4ª jornada Liga Sagres 2009/2010)
Alan ( 69´)


Equipa: Helton, Fucile, Alvaro, Rolando,Bruno Alves, Fernando, Guarin, Raul Meireles( Farias 64’) Hulk, Varela e Falcao ( Cristian Rodriguez 64’)

Em todos os livros de introdução ás regras do futebol, está inscrito uma regra de ouro : o futebol é um desporto colectivo. Ora, quando uma equipa é uma verdadeira equipa, no sentido lato da palavra, quando o futebol é jogado através do colectivo, está dado meio passo para que seja mais fácil conseguirem vitórias. Agora quando os jogadores não são capazes de construírem uma jogada com princípio, meio e fim, quando querem resolver tudo sozinhos e à força, assim fica mais difícil vencer. E quando, no outro lado, está um adversário que foi irrepreensível tacticamente funcionando como um verdadeiro conjunto, então a derrota é quase certa.


O FCPorto foi derrotado, 10 meses depois, porque, durante esta partida foi um conjunto de jogadores que nada fizeram pela vitória, que não jogaram colectivamente, que não demonstraram ser a equipa Tetracampeã nacional.

Todo o bom que foi feito na última partida, frente ao Chelsea, foi esquecido, foi ignorado, parecia que foi tudo deitado ao lixo, a equipa portista transformou-se, para muito pior, realizando uma exibição irreconhecível perante o valor que já demonstrou ter, não me lembrando de ter tido uma derrota assim tão justa, tão merecida nos tempos mais recentes.

Se o Braga nada fez para vencer, apenas teve uma oportunidade que resultou logo em golo, esquecendo as duas últimas oportunidades, mais de desespero e em virtude do Braga ter recuado do que outra coisa, o FCPorto não foi capaz de mostrar a personalidade, e identidade, de campeão que o distingue dos outros clubes.

Num jogo muito táctico, com muitas cautelas, e respeito, entre ambas as equipas, a partida foi sempre disputada muito a meio-campo, com muita luta e pouca clarividência no ataque, o FCPorto foi, ao longo da partida, um conjunto que pareceu ter medo do seu adversário, atacava sempre de forma receosa, basta ver quantas vezes Álvaro Pereira subiu ao ataque com medo de Alan, muito nervosa, atabalhoada, com todos os jogadores a quererem resolver tudo à sua maneira.

Com Belluschi sentado no banco, Guarin apenas se ocupava em destruir jogo adversário e a demonstrar que não tem capacidade para construir jogadas de ataque, e com Raul Meireles a dar seguimento ao seu momento menos feliz com que começou a época, sente-se que o internacional português parece um pouco perdido, desgastando-se escusadamente, funcionando numa espécie de bombeiro destinado a apagar vários fogos mas não consegue apagar tudo, criando alguns problemas no meio campo, ao FCPorto sentia-se a falta de um homem mais avançado para dar apoio a Falcao, na primeira parte.

O FCPorto, na primeira parte, não criou uma única oportunidade de golo, fez inúmeros passes errados, muitos deles de forma infantil, a bola saía sempre mal dos pés dos jogadores portista, a equipa não teve capacidade para se impor.
Apenas um lance digno de registo, e mesmo nesse lance foi João Pereira que quase marcava na própria baliza, curiosamente o Braga também nada tinha feito para vencer, numa partida disputada com muita intensidade mais pouca espectacularidade.

Na segunda parte, o filme continuava a ser o mesmo, a equipa não dava mostras de reagir e Jesualdo Ferreira lançou Farías e Cristian Rodriguez para o lugar de Falcao e Raúl Meireles, mas foi logo surpreendido por, segundo ele, um golo “esquisito” de Alan. O brasileiro, ex-portista, aproveitando o espaço que os jogadores do FCPorto lhe deram, atira para a baliza, sem querer ou não é irrelevante, a bola bate em Varela e Helton nada faz, apenas se limitando a ver a bola entrar na baliza.

Até ao fim, a reacção portista foi pouco mais do que triste, Bruno Alves experimentou a sua capacidade para ser avançado, a bola parecia queimar nos pés de alguns jogadores tendo medo de se assumirem, noutros pareciam gostar tanto dela que a queriam levar para casa, o Braga recuou no terreno e mesmo final aquelas duas oportunidades onde o desespero quase levava ao golo.

Que o FCPorto tenha aprendido a lição, que o seu treinador reflicta juntamente com os seus atletas e possam ver aquilo que se fez mal, no intuito de melhorar e que este passo atrás, este doloroso passo atrás que foi dado no caminho do Penta, se torne a razão para dar dois passos à frente de forma convicta e forte rumo ao grande objectivo final. E que os dois passos à frente sejam logo dados na próxima jornada.